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PGTdoB corre contra o tempo para ser 29º partido
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
13/09/2009 | 08:38
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Radiobrás


No momento em que o Congresso discute a reforma política, em que um dos pontos é o estrangulamento dos partidos considerados nanicos pela cláusula de barreira, surgem movimentos para a criação de mais legendas no País.

Recentemente, o PPL (Partido da Pátria Livre) conseguiu registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e tornou-se a 28ª sigla brasileira, sob o número 80. Agora, outra corrente pretende registrar o PGTdoB (Partido Geral dos Trabalhadores do Brasil), com sede e domicílio jurídico em Brasília e subsidiária no Rio de Janeiro - ainda não está definida sua numeração.

O movimento se organiza em diversos Estados e, inclusive, possui ramificação no Grande ABC. O contabilista de São Bernardo Jorge Shoiti Iwamura, 34 anos, diz estar trabalhando para formar "um grupo forte" na região.

Os dirigentes do futuro arranjo partidário têm se esforçado para dar entrada com o pedido de ‘nascimento' no TSE. O registro tem de sair até o fim deste mês. São necessárias 500 mil assinaturas em âmbito nacional, para a formalização dessa nova legenda.

"Até conseguimos as rubricas, mas algumas tiveram problemas - ilegíveis ou sem número do título de eleitor do adepto - e fechamos em 350 mil pessoas. Temos, agora, de refazer o trabalho de adesão", lamenta Iwamura.

Se conseguir a oficialização, o PGTdoB pretende atuar em todo o Grande ABC. Além de São Bernardo, há movimentações em São Caetano, Diadema e Mauá. "Uma pessoa conhecida e importante em Santo André vai tocar o partido na cidade", antecipa o contabilista, mantendo em sigilo o nome dessa liderança.

A proposta do PGTdoB, segundo Jorge Shoiti Iwamura, é simples e objetiva. "Chega de roubalheira e tudo isso que acontece na política brasileira. Vamos surgir do nada, mas engajados em uma luta a favor das coisas corretas."

A base deve ser formada por pessoas atualmente fora do cenário político. "Nunca fui filiado a partido. Vamos fazer toda a força para colocar gente boa, gente nossa na legenda e, consequentemente, no poder", ressalta Iwamura.

A liberdade de ação e a coerência também devem ser características do PGTdoB. Assim diz o contabilista. "Hoje vemos as executivas municipais das siglas obedecerem ordens de Brasília (diretórios nacionais), onde os acordos são feitos. Os caciques é que mandam. É uma bagunça geral", contesta ele. "E para mudar isso e termos um País melhor, temos de fazer parte do processo. Não adianta só ficar olhando", completa.

A futura sigla, no entanto, não deve expressar posicionamento frente aos governos estadual (do tucano José Serra) e federal (do petista Luiz Inácio Lula da Silva). "Seria leviandade definir posição neste momento. Temos de ter representantes, eleger candidatos e depois formatar o direcionamento", finaliza Iwamura.




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