De acordo com o delegado titular do DP, Oswaldo Fuentes, também serão incluídos nas investigações os laudos pericial e do Corpo de Bombeiros. Todo o trabalho policial será acompanhado pelo Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura). Finalizado, o inquérito será encaminhado ao Fórum e as providências passam a ser determinadas pelo juiz.

Nesta quarta, a família do pedreiro esteve no Grande ABC para liberar o corpo. Os parentes foram avisados da morte de Jesus por volta das 19h de terça. O pedreiro era natural de Caetés, na Bahia, onde moram sua mãe e irmãos e onde o corpo será sepultado.

Segundo informou um tio do rapaz, Mevenilton da Silva, Jesus veio para São Paulo para “tentar a vida” e estava trabalhando na empreiteira de Miguel de Souza Freitas – amigo da família – há 30 dias. “Ele não tinha registro em carteira”, afirmou o tio. Jesus morava na casa do patrão, na Vila Madalena, em São Paulo.

Procurado pelo Diário, o dono da empreiteira que trabalhava no terreno particular no momento do soterramento do pedreiro e dos quatro homens do Corpo de Bombeiros, não quis dizer por quem foi contratado e nem informar o nome da sua empresa. O terreno fica na rua Estados Unidos, esquina com a rua Alemanha, no Parque das Nações.

Procurados pela reportagem, a arquiteta responsável pela obra, Rosely Bagnariolli, e Manoel Antônio Lopes, apontado no boletim de ocorrência como proprietário do terreno, não retornaram as ligações.

Bombeiros – Os soldados que se envolveram no deslizamento duplo estão bem, segundo o comando do Corpo de Bombeiros do Grande ABC. Os quatro homens já foram liberados dos hospitais. Estão em casa, mas devem ficar afastados do trabalho até ordem médica de profissionais da corporação.

O soldado Wilson Sebastião de Oliveira – que ficou cerca de duas horas sob a terra – teve torção no joelho e tornozelo esquerdos, mas também passa bem. Oliveira foi o último bombeiro a ser resgatado.