Economia Titulo Emprego
Construção fecha 4.005 postos formais no Grande ABC
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
30/07/2015 | 07:23
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A crise econômica está impactando de forma expressiva o emprego em construções no Grande ABC. Levantamento do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de São Paulo), com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostra que o segmento fechou 4.005 postos com carteira assinada só neste ano nos sete municípios.

“Infelizmente a construção civil está passando por um momento difícil no Brasil e, aqui na região é um pouco pior, porque a economia está muito ligada à indústria automotiva, que é mais impactada”, diz a diretora adjunta da regional do SindusCon-SP no Grande ABC, a empresária Rosana Carnevalli. Além disso, ela cita que ninguém está comprando, por causa dos receios da perda de emprego.

Entre as regiões do Estado, o Grande ABC teve a segunda maior queda no emprego no setor, em termos percentuais (8,18%) no acumulado do primeiro semestre, perdendo só para a área de Presidente Prudente (25,3% de retração). Quanto ao número de vagas fechadas, os sete municípios ficam atrás da Capital (27.179 postos a menos), de Campinas (-7.338) e de Sorocaba (-5.691).

Em junho, em relação a maio, houve ligeira melhora nas sete cidades, com a abertura de 459 empregos. No entanto, a dirigente considera que é algo pontual e que não dá para falar em reversão da tendência de fechamento de postos de trabalho. “Ainda temos algumas obras terminando, mas não se vê lançamentos”, assinala.

A perspectiva é de continuidade da retração no nível de emprego, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção e do Mobiliário de São Bernardo e Diadema, Admilson Lúcio Oliveira. “Só hoje (ontem) fiz 80 homologações (de rescisões)”, cita. Ele acrescenta que houve até a retomada de obras públicas neste mês por parte de algumas construtoras, que voltaram a contratar, mas grande parte do volume de empregos do ramo está na área de prédios residenciais, que sente de forma intensa a crise.  




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