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Grana aposta em formar frente com 12 partidos

Cúpula do PT de Sto.André avalia que, apesar da crise política nacional, é possível unir bloco a projeto de reeleição

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
28/07/2015 | 07:44
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Ari Paleta/DGABC


A cúpula da administração do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), aposta em formação de frente com 12 partidos para o projeto de reeleição no ano que vem. O núcleo duro petista considera que é possível unir bloco, apesar da crise política na esfera nacional envolvendo a legenda, para duelar com eventual grupo de oposição, que ensaia – sem sucesso até agora – pavimentar ala contrária ao candidato governista. Dentro do cenário arquitetado pelo petismo, PDT, PCdoB, PRP, PSC, PTdoB, Pros, PSL e PTN estão na lista, embora ainda não sacramentados no arco de alianças. Em 2012, na linha adversária, o então deputado estadual contou com sete siglas na coligação.

Articulador do Paço, Carlos Sanches, o Carlão (PT), sustentou que os oito partidos citados encontram-se praticamente fechados e há quatro em processo de negociação adiantada. “Ao contrário do que poderia se avaliar pela crise imposta que estamos vivendo, temos em torno de 12 partidos em uma frente para disputar a eleição”, disse o petista, ao acrescentar que, em agosto, existe ideia de se promover evento para formalizar esse apoio ao Paço e começar a movimentação. “Da mesma forma que estão tentando fazer frente antiPT, nós também estamos organizando frente.”

Filiada ao Pros, a vereador Elian Santana confirmou interesse em caminhar com o PT. “Atualmente, pertencemos à base de sustentação, o que se dá até em âmbito nacional. Nossa ideia é manter e dar apoio à reeleição”. Dirigente do PTdoB, o ex-vereador Donizete Ferreira adiantou que a sigla “está em conversa” e em processo de “namoro”. “Depois a gente fica noivo e casa.” Secretário do Trabalho, Cícero Martinha retornou, recentemente, ao PDT – saindo do PT – para garantir o elo.

Carlão emendou que seria “grande trunfo” se a oposição se juntasse em projeto único, porém desdenhou da hipótese. Para ele, um ou outro postulante ao cargo de prefeito até pode congregar forças, só que o cenário indica negativa pela adesão em massa. “Duvido muito que isso (junção de vários nomes) aconteça. Não acredito em qualquer mínima possibilidade”. Aidan Ravin (PSB), Raimundo Salles (PPS), Luiz Zacarias (PTB) e Ailton Lima (SD) são alguns dos concorrentes.

No pleito anterior, Aidan, prefeito na ocasião, fez campanha com cinco partidos na órbita. À época, mesmo com quantia inferior ao planejado para 2016, o PT tinha, no entanto, PSD e PR na empreitada. O primeiro partido é presidido pelo ex-vereador Paulinho Serra e que deixará a Prefeitura amanhã, com vistas a lançar candidatura majoritária. Em contrapartida, o Paço tenta composição em tratativas com o ministro das Cidades e comandante nacional pessedista, Gilberto Kassab. O PR, por sua vez, estuda emplacar o ex-deputado José Bittencourt na disputa.

Grana ponderou que ainda é cedo para falar em fechamento do quadro de composição, mas ratificou que, hoje com o PT no governo, a perspectiva é de ampliar a coalizão firmada no páreo passado. Segundo o prefeito, existe projeção, inclusive, de “dobrar o número” de aliados alcançados três anos atrás. “Tem período de filiação partidária que se conclui no fim de setembro e algumas possibilidades só serão concretizadas perto das convenções partidárias do ano que vem (que podem ser realizadas até junho). Muita água ainda vai rolar.”




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