Os investigadores suspeitam que o empresário teria tentado orientar seus advogados a ocultar provas, ao escrever "destruir e-mail sondas". Os advogados da empresa afirmam que se tratava apenas de uma orientação para "rebater" o conteúdo do e-mail.
O magistrado decidiu que questões relativas ao bilhete deverão tramitar em processo próprio. O juiz federal pediu ainda que não sejam feitas referências sobre o bilhete na conclusão do inquérito. "Relativamente à autoridade policial responsável pela condução do presente feito, comunique-se que, até que este Juízo delibere sobre as questões pendentes, deverá abster-se de qualquer referência ao bilhete no relatório e conclusão do inquérito relativo aos supostos crimes de cartel, ajuste de licitação, corrupção e lavagem da Odebrecht."
Marcelo Odebrecht foi ouvido ontem no inquérito que investiga o bilhete. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Paraná, o original do bilhete apreendido transmitido pelo empreiteiro a seus advogados estaria sob sua custódia. Para a entidade, a apreensão violaria o sigilo profissional.
A defesa do executivo alega que o bilhete era uma sinal de "transparência" e que o entendimento da PF era equivocado.
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