O prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), levantou o recesso por conta do aumento dos repasses previstos pelos vereadores ao Legislativo. Por conta disso, haverá sessão hoje para votar - em turno único - veto do prefeito à emenda proposta pelos parlamentares.

Segundo Volpi, o pedido dos vereadores será acatado, no entanto, os valores terão de ser originários de outra dotação. O orçamento de Ribeirão Pires, estimado em R$ 140 milhões, previa que o Legislativo teria receita de R$ 4,47 milhões, a mesma de 2009. A emenda apresentada pelos vereadores acrescenta cerca de R$ 800 mil para a Casa, totalizando R$ 5,2 milhões.

Volpi afirma que a administração estuda enviar o recurso solicitado, mas se aprovasse a emenda original dos vereadores, travaria as finanças da cidade. "A emenda retirava recursos de dotação orçamentária proveniente de contratos vinculados. Na hora da elaboração do orçamento, coloca-se valor equivalente para cumprir acordos", disse. "Quando fizeram a emenda, retiraram-na da dotação de contratos e isso dificulta o cumprimento. Por isso, tivemos de devolver a peça à Câmara", explicou o prefeito.

Apesar da decisão de derrubar a emenda, o chefe do Executivo comprometeu-se a aprovar o valor o mais rápido possível. "Vou devolver para Câmara a quantia que eles pediram, mas isso será feito só em fevereiro."

AUMENTO - O repasse do valor pedido pela Câmara é viável, segundo Volpi, pelo aumento de R$ 16 milhões esperado para 2010. Em 2009, o orçamento previsto foi de R$ 124 milhões. Para 2010, estima-se R$ 133 milhões para administração direta e R$ 7 milhões para o Instituto Municipal de Previdência.

Câmara aprovou emenda após reunião com prefeito

A emenda que aumentava a receita destinada ao Legislativo foi a única apresentada pelos vereadores ao orçamento de 2010. Eles participam de reunião hoje, antes da votação, para definir posicionamento do Legislativo.

Na época, o líder do governo na Câmara, Gerson Constantino (PV), afirmou que a alteração havia sido comunicada ao prefeito Clóvis Volpi (PV) durante reunião e aceita pelo verde. "Eu e o presidente Edson Savietto (PDT) falamos com o Clóvis sobre o aumento. Pelo que entendi, o prefeito deixou para os pares resolverem o valor do repasse".

Questionado sobre a necessidade do aumento, Edson Savietto, o Banha, a atribuiu ao aumento de trabalho dos vereadores. "Temos prédio exclusivo para o setor administrativo. Não demos reajuste ou abono aos funcionários. Não conseguiríamos arcar com os compromissos firmados" avaliou à época. Procurado, ontem, Savietto não foi localizado até o fechamento desta edição para comentar o fato.