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Tucano pede ao MP que apure denúncias
21/09/2010 | 09:12
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O líder do PSDB em exercício no Senado, Álvaro Dias (PR), protocolou ontem representação à Procuradoria Geral da República, em que pede a investigação das novas denúncias veiculadas pela revista Veja, de que haveria esquema de distribuição de propina na Casa Civil.

Segundo a revista, o ex-assessor jurídico da Casa Civil teria recebido, em julho de 2009, propina no valor de R$ 200 mil para não revelar suposta compra superfaturada de Tamiflu - medicamento utilizado no tratamento da gripe H1N1.

Na época, a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra - que deixou o cargo quinta-feira - era secretária-executiva da Pasta e braço-direito de Dilma Rousseff (PT), titular da Casa Civil. A presidenciável deixou o Ministério em abril, para se candidatar.

É a segunda incursão do líder tucano ao Ministério Público Federal em menos de dez dias. Na semana passada, Dias protocolou representação pedindo ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que investigasse denúncia de prática de lobby na Casa Civil.

De acordo com outra reportagem da Veja, o filho de Erenice, Israel Guerra, teria feito lobby para empresas aéreas interessadas em firmar contratos com os Correios. Além disso, uma irmã de Erenice teria autorizado a contratação de escritório de advocacia de um irmão delas, sem licitação. Em entrevista, o procurador-geral classificou de "graves" os fatos noticiados.

Para Álvaro Dias, a recusa de Dilma Rousseff em comparecer à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) para prestar esclarecimentos sobre as denúncias aos senadores tem um "viés autoritário". Sugere "o modelo de relacionamento que ela pretende adotar com a oposição e o Legislativo" caso seja eleita.

"Não foi um convite pessoal, foi de um senador da República. A instituição Senado funciona como caixa de ressonância dos grandes fatos da Nação, representa a sociedade", rebateu. Dilma não deveria "terceirizar responsabilidades, porque era chefe da Casa Civil quando os fatos ocorreram, ela nomeou aquelas pessoas", arrematou o tucano.

Ontem, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que na reunião da coordenação política do governo o presidente Lula cobrou do ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, "agilidade" e "rigor" nas investigações sobre tráfico de influência e corrupção na Casa Civil.




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