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S.Bernardo e Diadema são as cidades que mais receberão repasse federal
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
13/10/2009 | 07:27
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Dentre as sete cidades do Grande ABC, São Bernardo é a que mais receberá recursos do governo federal até o fim do ano. Dos R$ 81,8 milhões previstos para a região, referentes a convênios e contratos - estão fora as verbas constitucionais, como o repasse do Fundo de Participação dos Municípios -, a cidade comandada pelo prefeito petista Luiz Marinho terá R$ 58,7 milhões, correspondente a 71,7% do total.

Os dados são do portal Contas Abertas (www.contasabertas.com.br), atualizados em setembro e baseados no Orçamento Geral da União de 2009.

Na segunda colocação do ranking de subsídios, Diadema, administrada por Mário Reali (PT), terá à disposição R$ 18,1 milhões. Na seqüência aparecem São Caetano, com R$ 2,2 milhões, Mauá (R$ 1,2 milhão), Ribeirão Pires (R$ 900 mil), Rio Grande da Serra (R$ 400 mil) e Santo André (R$ 300 mil).

Curiosamente, as cidades que mais receberão recursos são comandadas por petistas, companheiros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Procurada, a assessoria do Planalto não retornou os contados para explicar os critérios para aplicar os repasses. A Prefeitura de São Bernardo também não respondeu à reportagem.

A administração de Diadema explicou que as verbas angariadas pelo município junto ao governo federal "é resultado de parcerias e convênios firmados por meio de apresentação prévia de projetos, cujos critérios rigorosos para aprovação são estritamente técnicos".

A nota observa ainda que a aplicação do dinheiro "sofre análise e acompanhamento técnico permanentes dos órgãos designados pelos respectivos Ministérios em todas as suas etapas de execução".

DIVISÃO
A maior parte dos recursos distribuídos a São Bernardo referem-se à aquisição de imóvel para a sede do Fórum Trabalhista da cidade (R$ 11 milhões), para o campus da UFABC (Universidade Federal do ABC - R$ 39 milhões) e para a área de Saúde (R$ 7 milhões). Da fatia a ser aplicada, porém, apenas R$ 1,7 milhão foi depositado nos cofres municipais (3,12%).

Em Diadema, as verbas são para o campus da UFSP (Universidade Federal de São Paulo - R$ 16,5 milhões) e para ações de Saúde, Social e Esporte (R$ 1,6 milhão). Do montante geral, somente R$ 1,2 milhão para incremento do ensino superior chegou à cidade (6,6%).

Nenhum outro município recebeu recurso dos valores previstos. O governo federal não explicou os motivos da demora no envio.

A Prefeitura de Diadema ressaltou que "os trâmites estabelecidos para o recebimento destes recursos seguem prazos que observam a natureza e a execução dos respectivos projetos e, com respeito aos recursos requisitados que ainda não foram encaminhados, eles poderão ser aproveitados conforme a necessidade".




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