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Coordenadores políticos de FHC começam a atuar
Do Diário do Grande ABC
03/01/1999 | 20:55
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A equipe que fará a coordenaçao política das açoes de governo federal começará a afinar a sua atuaçao esta semana. Os ministros das Comunicaçoes, Pimenta da Veiga, dos Transportes, Eliseu Padilha, e do Trabalho, Francisco Dornelles, farao na segunda uma primeira reuniao. Eles voltarao a se encontrar na terça-feira , numa reuniao que terá também a presença dos líderes dos partidos aliados e o secretário de Assuntos Institucionais, Eduardo Graeff. A principal missao da nova equipe será evitar que na convocaçao extraordinária se repitam surpresas como a derrota do governo na votaçao da contribuiçao dos servidores inativos à Previdência, no início de dezembro do ano passado.

"Estamos começando a conversar e vamos ver como volta o Congresso para esta convocaçao", disse o ministro das Comunicaçoes, Pimenta da Veiga, que terá entre suas atribuiçoes a articulaçao política.

Para o secretário-executivo do PSDB, deputado Arthur Virgílio (AM), a estréia dos três ministros na articulaçao política marcará uma nova etapa de maior responsabilidade dos partidos da base de sustentaçao nas vitórias e derrotas do governo no Congresso. Como ressaltou o próprio presidente Fernando Henrique, os ministros cujas indicaçoes foram produto da negociaçao política com os partidos da base, serao responsabilizados por traiçoes nas votaçoes.

"Na última votaçao, houve falha na articulaçao. Agora, teremos o reforço de Pimenta da Veiga e Arnaldo Madeira (deputado do PSDB-SP) mais assentado na funçao de líder do governo na Câmara", avaliou Artur Virgílio.

Para o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a habilidade de Pimenta da Veiga deverá superar os problemas que poderao existir com outros partidos da base, que vêem o ministro como alguém muito ligado ao PSDB. "Ele tem experiência e trânsito em todos os partidos. É habilidoso e gosta do diálogo. Tem todas as credenciais para fazer a articulaçao política nesse momento de improvisaçao".

Segundo escalao - Um problema que já terá de ser administrado pela nova equipe é a nomeaçao dos cargos de segundo escalao, como as presidências do BNDES e da CEF. O PFL e o PTB esperam ser recompensados com nomeaçoes para esses cargos, por causa do prejuízo que julgam ter tido na escolha do Ministério. O governo, porém, só pretende tratar desse assunto em fevereiro, quando os novos deputados tomarem posse. "Se o governo nao tiver competência para resolver esse problema menor e nao deixar que isso atrapalhe votaçoes importantes, entao é melhor desistir", analisa Henrique Alves.




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