Apesar de nao contar com empresas abertas de Internet listadas em bolsas de valores, começam a crescer no Brasil as aplicaçoes em fundos privados deste segmento. A própria Mercatto vai criar um fundo de investimento em empresas emergentes. Outra gestora de recursos, a Investidor Profissional, começou em 23 de fevereiro a negociar na Bolsa de Valores de Sao Paulo cotas de um fundo fechado voltado para projetos na Internet. "As cotas já tiveram valorizaçao superior a 50% em um mês", afirmou o sócio da Investidor Profissional Cristiano Fonseca.
O executivo atribuiu o bom desempenho das cotas à grande diversificaçao dos investimentos na carteira do fundo. "Para fugir do risco, a soluçao é pulverizar as aplicaçoes", alerta. Isso, segundo ele, serve também para os pequenos investidores. "As pessoas devem estar cientes dos riscos, ou seja, nao é aconselhável concentrar as aplicaçoes em apenas um ou dois projetos." Desde agosto do ano passado, as bolsas brasileiras começaram a acompanhar o comportamento do índice Nasdaq e pelo menos seis bancos já operam com fundos de Internet. O boom do setor está ocorrendo agora e, segundo analistas, deve se estender por muito tempo. Mas os investidores devem estar atentos ao risco de muitos projetos darem errado.
"De cada dez projetos, cinco viram pó, três conseguem devolver ao investidor apenas o dinheiro aplicado inicialmente e os dois últimos têm valorizaçoes expressivas", revela. Estatística do banco norte-americano Merrill Lynch aponta que 75% dos projetos de Internet desaparecem porque nao trazem lucro. O fato é que na minoria bem-sucedida o retorno é tao grande que ofusca o desempenho ruim da maioria. "É um negócio de altíssimo risco", adverte Paulo Veiga.
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