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Alckmin tenta se desvincular da imagem do cunhado
14/01/2011 | 07:13
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O governador Geraldo Alckmin (PSDB) tentou descolar a sua imagem da de seu cunhado Paulo César Ribeiro, alvo de investigação sobre um suposto esquema de lobby em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo. "Não tem nenhuma relação com o governo do Estado, e como qualquer pessoa (ele) deve ser investigado e depois, esclarecido. Se houver alguma responsabilidade, punição. Se não houver, correção", disse o tucano.

O governador evitou comentar sobre o desgaste político sofrido com o escândalo que envolve sua mulher, Lu Alckmin, e disse que não conversou com seu cunhado sobre o assunto. "Qualquer pessoa que haja uma denúncia tem de ser investigada. É isso que eu defendo", afirmou.

Paulo César Ribeiro é apontado pelo Ministério Público como lobista do suposto esquema que envolveria doações para campanhas eleitorais em troca de contratos para fornecimento de merenda escolar.

Questionado sobre o uso indiscriminado de passaportes diplomáticos por integrantes do governo federal, parlamentares e parentes de políticos, Alckmin evitou críticas, mas alfinetou os favorecidos com a regalia. "O meu passaporte é de cidadão comum. Eu defendo a lei", disparou.

O tucano entregou no início da tarde de ontem, 639 carros de polícia que serão distribuídos em 179 cidades do Estado.

Depois, ele seguiu para Franco da Rocha, onde sobrevoou o município castigado pela inundação há mais de dois dias.

ERRO - Alckmin avaliou como "equívoco" o pedido da PRE-SP (Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo) de abertura de processo de investigação judicial contra 17 candidatos eleitos em 2010 no Estado, entre eles o tucano.

O órgão indica irregularidades na captação de recursos para a campanha eleitoral, sustentando que por intermédio do comitê financeiro do PSDB, o governador recebeu R$ 700 mil da empresa UTC Engenharia S.A.

A Procuradoria adverte que a Lei 9.504-97 reconhece como fonte vedada de recursos concessionárias e permissionárias de serviço público, como estaria enquadrada, conforme a denúncia.

De acordo com Alckmin,os recursos são "otalmente legais". "A empresa que fez a doação dentro da lei não é concessionária. Há um equívoco, isso vai ser esclarecido", justificou, destacando que não vê nenhuma irregularidade na doação.




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