Considerado terceira via na eleição deste ano, o tucano Diniz Lopes será o principal alvo de Oswaldo Dias (PT) e Chiquinho do Zaíra (PSB) já nos próximos dias.

Apesar da vitória parcial, o petista sabe que se não conquistar uma parcela significativa do eleitorado do terceiro colocado nas urnas pode não garantir o mesmo resultado no dia 26. Já na opinião de Chiquinho, os votos serão vitais para uma virada em apenas três semanas.

Mas a recíproca não tem sido verdadeira. Durante a campanha, Diniz não poupou nem Oswaldo nem Chiquinho. O tucano chegou a reclamar da troca de acusações entre os adversários e falou que era "o sujo falando do mal lavado".

Nos últimos dias, porém, Oswaldo e Chiquinho têm feito ensaios de namoro ao candidato, que governou interinamente Mauá entre janeiro e dezembro de 2005.

Na semana passada, Oswaldo chegou a dizer que poderia contar com o apoio do candidato do PSDB, embora, na prática, a aliança entre os dois partidos, assim como na maioria das cidades, não seja vista com bons olhos por correligionários.

Uma das saídas poderia ser a liberação da militância para apoiar qualquer um dos dois prefeituráveis. Neste cenário, viria para o barco petista apenas o candidato, com o simples argumento de que a decisão tomada seria ‘pensando no bem de Mauá'.

Já no caso de Chiquinho, a ligação com Diniz é mais antiga, o que poderia facilitar um acordo rápido. O impasse seria o fato de o tucano ser ferrenho opositor do prefeito Leonel Damo (PV), que apóia o socialista.

Os votos de Mateus Prado (Psol) também devem ser alvo de cobiça. Mas, neste caso, contar com o ex-prefeiturável em qualquer um dos dois palanques será uma tarefa quase impossível, já que ele fez duras críticas às duas candidaturas, chamando-as de "falsa polarização." Para isso, será necessário buscar voto a voto - sem favoritismo inicial - dos que entenderam, de fato, que nenhum dos dois representaria mudanças para Mauá.