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Ataque do Palmeiras desencanta contra a ex-melhor defesa do Azulão
Anderson Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
19/02/2006 | 20:30
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O São Caetano tropeçou, literalmente. Ânderson Lima teve a chance de ouro nas mãos, ou melhor, nos pés, mas escorregou no primeiro tempo, domingo à noite, no Palestra Itália. O lateral-direito do Azulão patinou, perdeu um pênalti e fez Enílton responder com dois gols, um pênalti sofrido e a jogada de outro gol. Foi assim que o Azulão caiu diante do Palmeiras, que voltou a vencer após os quatro jogos, desta vez pelo Campeonato Paulista, e de goleada por 4 a 0 para cima da até então melhor defesa da competição.

Enquanto as equipes faziam o aquecimento nos vestiários, o locutor do Palestra Itália chamava, uma a uma, as torcidas organizadas do Verdão. Após a chamada oral, o samba-enredo da Mancha Verde ecoava pelo estádio, já em ritmo de Carnaval. O técnico Nelsinho Baptista também tinha uma surpresa para a torcida, a escalação de Ígor no lugar de Dimba. Ainda antes de o jogo começar, um minuto de silêncio em homenagem a Jorge Mendonça, ex-atleta do Palmeiras falecido durante a semana.

Com um minuto de jogo, o Verdão quase abriu o placar numa cabeçada de Paulo Baier, defendida por Sílvio Luiz. A impaciência da torcida empurrava e, ao mesmo tempo, desiquilibrava o Palmeiras, que sentia a pressão. Bem postado defensivamente, o São Caetano demorou para chegar ao ataque. Aos 11 minutos, Marcelinho invadiu a área e foi derrubado por Marcinho Guerreiro: pênalti. A cobrança ficou por conta do experiente Ânderson Lima. O lateral pegou a bola, correu e ... escorregou. E a bola foi parar longe do gol de Sérgio.

A cena, que provocou risos na torcida palmeirense, motivou o adversário, que abriu o placar três minutos depois com Enílson, após desviar um cruzamento dentro da pequena área. Em desvantagem, o Azulão perdeu o meio-campo e não encaixou o contra-ataque. A dificuldade estava na saída de bola com a falta de um criador, papel desempenhado por Marcelinho e Ígor, que voltavam para buscar o jogo.

Quando o Palmeiras parecia satisfeito, aos 34, Edmundo arrancou e deixou Enílton livre para marcar seu segundo gol. O resultado parcial foi injusto. Não pelo Verdão, mais eficiente. Mas pelo São Caetano, que perdeu inúmeras oportunidades. 

Ânimo – Nelsinho injetou o ânimo no intervalo e o time voltou bem. Sob o comando de Marcelinho, o São Caetano perdeu duas chances com Ígor e Márcio Richardes. Mas o Palmeiras tinha Enílton. O atacante partiu para cima do zagueiro Cléber e foi derrubado. Marcinho, aos 14, fez 3 a 0 de pênalti. E a estrela de Enílton voltou a brilhar aos 30, quando numa jogada individual, driblou Claudecir e chutou forte. Sílvio Luiz rebateu e Paulo Baier completou para a rede. A saída de Enílton foi proposital. Émerson Leão tirou-o para receber os aplausos da torcida alviverde. No final, o jogo parou por causa da irrigação do campo, que foi acionada e molhou a todos. Com a goleada, o Verdão chegou aos 20 pontos, mas permaneceu na quarta posição. Já o São Caetano continua com 17, caindo da quinta para a sexta colocação.




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