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A mudança no projeto básico da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (AM), que deslocou em nove quilômetros o local de construção da barragem "tem quatro pontos negativos e um positivo", de acordo com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Equipes do ministério e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) estão no local avaliando os impactos da mudança anunciada pelo consórcio vencedor da licitação após o leilão do empreendimento.
"Do ponto de vista ambiental, até agora nós identificamos quatro impactos positivos e um negativo. Os positivos são em relação à questão da malária, à sedimentação, do bota-fora das rochas e da questão dos peixes. E o impacto negativo é o aumento da área inundada. Nossa equipe está no terreno querendo saber exatamente o que há nessa área inundada, se há muita população ou pouca, se tem espécies de alto valor do ponto de vista de flora, de fauna; estamos mensurando o tamanho do impacto negativo", detalhou Minc nesta segunda-feira, durante anúncio da licença de instalação da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, que também integra o complexo energético do Rio Madeira.
A identificação de mais pontos positivos que negativos na mudança do projeto não significa que o Ibama irá aprovar a alteração. O presidente do órgão, Roberto Messias Franco, ponderou que "nem sempre quatro é maior que um", ao comentar as possibilidades de aprovação ambiental da mudança. "Comer um boi, por exemplo, é mais que comer quatro galinhas", comparou.
Segundo Minc, a área ambiental decidirá "em breve" sobre Jirau. "Outros aspectos: econômicos, financeiros, licitações, isso é com o Ministério de Minas e Energia e com a Aneel [Agência Nacional de Emergia Elétrica]. Nossa questão é ambiental", disse o ministro do Meio Ambiente. O contrato de concessão da usina de Jirau será assinado nesta terça-feira no Palácio do Planalto.
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