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Classe C busca maneiras de aplicar seu dinheiro
Karina Nappi
Do Diário do Grande ABC
16/09/2011 | 07:24
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A classe C brasileira ampliou seu poder aquisitivo por meio do aumento dos empregos formais e do dinheiro no bolso e iniciou a busca pela presença no mercado financeiro. Prova disso é o crescente interesse em obter produtos bancários, como previdência privada, seguros, títulos de capitalização, entre outros.

Dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida apontam que volume de depósitos em planos de previdência cresceu 25,6% no primeiro semestre, frente a igual intervalo de 2010 e bateu a marca de R$ 24,9 bilhões em novos depósitos.

Com o desempenho, a carteira de investimento do sistema alcançou o patamar de R$ 243,5 bilhões nos seis primeiros meses de 2011, volume 23% maior que os R$ 197,9 bilhões registrados no mesmo período de 2010.

"A preocupação com a renda futura está se fixando na agenda dos brasileiros. A expansão dos volumes de arrecadação mostra que a cultura de poupança de longo prazo já é uma realidade para os indivíduos, que estão aproveitando o aumento da renda para compor reservas", diz Marco Antonio Rossi, presidente da Fenaprevi.

Segundo o sócio-diretor da Macro Auditoria e Consultoria, Almir Pelói, a população entende cada vez mais a necessidade de se ter investimentos, a fim de evitar prejuízos no patrimônio pessoal.

"Outro ponto a ser lembrado refere-se à contratação de previdência privada de renda complementar para o futuro, tendo em vista o fato de que os valores que a previdência oficial poderá render no futuro podem não ser suficientes para manter o padrão de vida conquistado com o tempo de contribuição", ressalta o executivo.

No caso dos bancos, eles começam a fazer o papel de oferecer diversos produtos do gênero, já que conceder créditos a quem não tem condições de pagar ocasionará perdas e exposição perante o mercado quando tiver de divulgá-las em seus balanços.

Com tantas opções de acesso aos produtos oferecidos a esse novo consumidor, é bom que se mantenha a atenção para não haver um descontrole nos investimentos e não sobre verba para os gastos fixos mensais. "É importante não perder de vista que, se esses novos consumidores não utilizarem os produtos e serviços com bastante consciência, poderá ser uma fase momentânea para as duas partes", conclui.




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