O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a defender nesta terça-feira o pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, das denúncias da revista Veja contra seu caixa de campanha, Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil. Ele é acusado de ter pedido uma propina de R$ 15 milhões no processo de privatização da Vale do Rio Doce.

"Há um esforço para dizer que todos os políticos são iguais, e não são. Tem picaretas e tem gente séria. O senador José Serra está do lado sério. São 40 anos de vida pública, alçados com seriedade e honradez", disse o governador.

Na avaliação de Alckmin, as denúncias não vão afetar a candidatura de José Serra. "Eu acho difícil que atinjam o senador José Serra por várias razões: a primeira, é que na realidade é um caso antigo, de 1994, uma denúncia de que poderia ter havido uma tentativa de suborno que na realidade não ocorreu, portanto, uma tentativa frustrada", afirmou.

Quanto à relação entre o PSDB e o PFL, Alckmin elogiou a postura do partido no Estado. "O PFL participa da base de sustentação de governo, nos ajuda na governabilidade, ajuda a aprovar os projetos do interesse do povo de São Paulo na Assembléia Legislativa e se não tiver candidato a presidente da República - como tudo indica – devemos, o PSDB e o PFL, nos coligar aqui no Estado de São Paulo", disse o governador.

Em entrevista à Rádio Eldorado, Alckmin afirmou que há alguns setores que generalizam os políticos e afirmam que todos são desonestos. Segundo ele, há políticos que se esforçam e o eleitor está preparado para distinguir as coisas da política.