Para enfrentar o tráfico de cocaína e de crack, que toma conta das cidades brasileiras, o governo federal vai replicar na Bolívia o mesmo acordo com o Paraguai, que permitiu reduzir a oferta de maconha no território nacional.
No caso boliviano, o alvo é a produção de folhas de coca em áreas ilegais e os laboratórios de refino. Mais de 50% da cocaína e derivados consumidos no mercado brasileiro provém da Bolívia, segundo estimativa da Polícia Federal.
Além de operações conjuntas entre os federais e as forças bolivianas, o governo brasileiro vai oferecer o compartilhamento de dados e imagens produzidos pelo vant (veículo aéreo não tripulado). O primeiro dos três modelos adquiridos de Israel encerrou a fase de testes e começa a operar no fim deste mês.
Controlado à distância por operadores em terra, o vant tem autonomia de 40 horas, gera imagens de alta qualidade e em tempo real. Outros dois vants chegam ainda neste ano.
Com 20 técnicos treinados para operar o equipamento, a primeira base operacional já está em funcionamento na região de Foz do Iguaçu. No futuro, o combate compartilhado ao narcotráfico vai se estender por toda a fronteira seca.
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