Economia Titulo
Classe C amplia acesso à banda larga
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
20/04/2010 | 07:00
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Pesquisa realizada pela Profuturo/FIA (Programa de Estudos do Futuro da Fundação Instituto de Administração) revela que até 2020 metade das famílias da classe C, com renda familiar de R$ 1.064 até R$ 4.591 salários-mínimos, terá acesso à internet. Dessas, 60% farão sua conexão via banda larga. Em 2008, apenas 7% das conexões da população nessa faixa de renda eram em alta velocidade.

O sócio-diretor do instituto de pesquisas Data Popular, Renato Meirelles, afirma que hoje 60% das famílias do segmento já possuem computador e 44% delas têm intenção de comprá-lo. "É uma mudança que mostra que esse é o grosso do mercado. São esses consumidores que devem ser procurados", avalia.

A tecnologia que mais deve crescer no período é a conexão via cabo modem ou wireless, oferecida pelas operadoras de TV por assinatura, com 33% do setor. Em seguida, vem a rede WiMax, ainda em fase de implantação no Brasil, a qual deve conquistar 31% dos clientes. As redes via celular, ou móveis (3G/4G) e a conexão por rede elétrica serão a opção de 17% e 11% dos consumidores, respectivamente.

No caso específico das classes de renda inferior (C, D e E), a conexão ADSL continuará a mais popular, pois as demais - como o cabo - não alcançam boa parte dos locais onde vivem essas famílias.

O diretor executivo da IAB, Ari Meneghini, (Interactive Advertising Bureau) afirma que a classe C é o nicho de mercado que promoverá a possibilidade de expansão da internet, que se prepara para crescer, apenas neste ano, 30%. A expectativa do setor é movimentar cerca de R$ 1,7 bilhão. "A classe C hoje se destaca muito entre os usuários. E é um público que temos muita intenção de atingir", comenta Meneghi.

LINHA DE CRESCIMENTO - O estudo mostra ainda que, na classe A, a banda larga representava 64% das conexões em 2008, percentual que deve alcançar 99% nos próximos dez anos. Na classe B, a banda larga deve saltar dos 26% registrados em 2008 para 90% em 2020. Nas classes D e E, a conexão em alta velocidade representará 25% dos acessos em 2020, frente a apenas 1% em 2008.




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