Mais de 20 mil palestinos participaram dos funerais de Yasser Taha, uma das autoridades das Brigadas Ezzedín al Qasam, morto na quinta-feira num bombardeio israelense com sua mulher e sua filha Afnán, de 3 anos.
O caixão da autoridade do Hamas, enrolado numa bandeira verde, foi carregado por palestinos que gritavam "vingança contra o inimigo israelense" e pediam ataques contra "as cidades israelenses, sobretudo Tel Aviv".
Yasser Taha morreu na quinta-feira quando seu veículo foi atingido por foguetes. Esse ataque causou outras quatro vítimas e cerca de trinta feridos.
Dezenas de membros encapuzados das Brigadas Ezzedin al Qasam, do movimento radical Jihad islâmica e das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, um grupo armado relacionado com a Fatah do presidente da Autoridade Palestina Yasser Arafat, atiravam para o ar para manifestar sua ira.
O braço armado do Hamas prometeu cometer mais ataques suicidas. "Terão rapidamente nossa resposta, atacaremos em todas as partes e a qualquer momento", declarou diante da multidão reunida uma autoridade encapuzada do Hamas. Os israelenses "estão ocupando toda a Palestina e o mundo assiste ao nosso massacre", dizia Abu Aymán, de 40 anos, que assistia ao funeral.
Segundo Shaeij Said, o primeiro-ministro israelense Ariel "Sharon continuará matando crianças e inocentes".
"Não tememos os judeus, façam eles o que quiserem", interrompeu Abdel Rahim Wachahi. "Matem Sharon, matem os ministros cujas mãos estão manchadas com o sangue das crianças e inocentes!", afirmou aos grupos armados palestinos.
Milhares de palestinos também participaram dos funerais de quatro palestinos no campo de refugiados de Al Shata e no bairro Sheij Raduan, no norte da Faixa de Gaza. Israel fez cinco ataques desde terça-feira na faixa de Gaza, um deles destinado a liquidar Abdel Aziz al-Rantissi, um dos chefes políticos da organização, que ficou ferido. No total, morreram 24 palestinos nessas operações.
O braço armado do Hamas reivindicou um atentado suicida contra um ônibus em Jerusalém Ocidental que causou 17 mortos na quarta-feira. Depois desse ataque, Israel decidiu declarar uma guerra sem trégua ao movimento radical.
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