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FMI aprova revisão de acordo e libera US$ 9,3 bi ao Brasil
Do Diário OnLine
Com AFP
13/06/2003 | 21:25
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O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, anunciou na tarde desta sexta-feira que o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou o relatório da terceira revisão do acordo assinado em setembro de 2002. Com isso, Palocci sinalizou que o governo brasileiro vai sacar ainda neste mês a quarta parcela do acordo, de US$ 9,3 bilhões.

Segundo o ministro, "o Brasil não é obrigado a sacar, mas este empréstimo do Fundo tem sido importante para estabilizar o processo macroeconômico do país". Palocci disse ainda que o governo vai continuar buscando mercado para atrair recursos de longo prazo.

Em nota, a vice-diretora do FMI, Anne Krueger, afirmou que o desempenho do Brasil "dentro do acordo continua sendo digno de elogios". Ela acrescentou que os diretores do Fundo se sentiram "animados pelo fato de que todas as metas foram cumpridas e as propostas de reforma dos sistemas de Previdência e tributário foram apresentadas (ao Congresso) antes do programado".

"Como resultado deste forte desempenho, as variáveis dos mercados financeiros continuaram melhorando e o Brasil reconquistou acesso aos mercados internacionais de capital em termos favoráveis", justificou Krueger.

O acordo com o FMI prevê um total de US$ 30 bilhões em empréstimos. O governo Fernando Henrique Cardoso sacou o equivalente a US$ 6 bilhões e a atual gestão retirou, em março, mais US$ 4 bilhões. Os recursos serão usados para reforçar as reservas internacionais do país.

Recessão - Após anunciar a aprovação da terceira revisão do acordo com o FMI, Palocci reafirmou que a taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 26,5% ao ano, vai cair no momento certo e rebateu as críticas quanto à falta de crescimento da economia. “Nós não estamos em recessão. O Brasil tem tido bons desempenhos no setor do agronegócio e exportador”, disse.

Questionado sobre as possíveis demissões em massa nas indústrias paulistas, Palocci disse que não viu “nenhuma ameaça dos empresários”. “Eles participam do debate democraticamente como os demais setores do país”, disse.




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