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Parente anuncia plano de racionamento de energia
Do Diário OnLine
18/05/2001 | 12:33
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O ministro Pedro Parente, que preside a Câmara de Gestão da Crise de Energia, está anunciando neste momento o plano de racionamento de energia do governo federal em entrevista coletiva.

Nesta quinta, algumas medidas para evitar o colapso do sistema já foram antecipadas, como o recuo do governo na realização de apagões. O plano especial da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica também vai dividir os consumidores residenciais em três grupos e, para cada um, serão adotados procedimentos diferentes.

Segundo informações da Rede Globo, a primeira facção será formada pelas residências que consomem até 200 kwh por mês, a segunda por aqueles que tem um consumo mensal entre 201 kwh e 500 kwh e a terceira por usuários que gastam acima de 500 kwh por mês. Cada grupo terá uma meta de consumo estabelecida pelo governo com base em uma média levantada sobre três meses deste ano comparados ao mesmo período de 2000.

Para o primeiro grupo, não haverá sobretaxa na conta de luz do consumidor, mesmo que ele ultrapasse os 200 kwh que consta na sua classificação. Os usuários desta facção que cumprirem a meta serão beneficiados com um bônus, ainda desconhecido.

A facção seguinte pagará uma sobretaxa de 50% no que exceder o consumo mensal de 200 kwh. Estes consumidores também terão uma meta a cumprir, mas o bônus não virá diretamente. No entanto, a conta daqueles que cumprirem a meta não vai ficar mais cara, mesmo se houver sobretaxa.

O terceiro grupo pagará 200% de sobretaxa sobre o que ultrapassar 500 kwh. Aqui, se a meta for atingida, os consumidores terão bônus.

Sem apagão — Também nesta quinta-feira foi antecipado, desta vez pelo ministro de Minas e Energia, José Jorge, que não haverá cortes no fornecimento de energia pelo menos no primeiro mês do racionamento. A possibilidade de apagões para restringir o consumo estava sendo estudada pelo governo federal, mas só deve ser usada, segundo o ministro, se o nível dos reservatórios de água das hidrelétricas entrar em colapso.

Jorge afirmou que os cortes no fornecimento não provocam grande economia, já que as pessoas apenas mudam seus hábitos para outros momentos do dia e transferem o chamado horário de pico do consumo para as horas em que o fornecimento está normalizado. No lugar dos apagões, o ministro pediu empenho popular para que o gasto de energia seja racionalizado.

O ministro afirmou que os percentuais de economia por setor ainda estão indefinidos, mas serão anunciados em definitivo nesta sexta. Está acertado que as empresas poderão vender seus excedentes de energia no mercado, nos casos em que a economia de eletricidade atingir um nível que permita a comercialização da carga poupada.

Jorge antecipou ainda que o governo estuda uma parceria com a empresa americana El Passo para a intensificação da produção de termoeletricidade no país dentro dos próximos 11 meses.




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