O nível das águas começou a baixar nesta terça-feira após ter causado grandes inundações em bairros e povoados ao longo de toda a região litorânea de Havana (Cuba), e seus moradores tentavam se recuperar dos estragos deixados pelo furacão Wilma.

Os habitantes de Havana se esforçam na tarefa de remover os escombros e de retirar a água e a lama de suas casas. Buscam reunir alimentos para os próximos dias em que possivelmente haverá escassez.

Ao longo das avenidas que cruzam o setor de Miramar, na costa oeste de Havana, é possível observar muros caídos de construções que não resistiram às ondas gigantescas provocadas pelo furacão.

"Mais de 2 mil casas ficaram cobertas pela água e outras 2 mil ficaram danificadas em Santa Fe -bairro inundado do oeste de Havana-", afirmou o representante da Defesa Civil, coronel Luis Angel Macareño. Segundo a Defesa Civil, apenas na cidade de Havana havia cerca de 90 mil pessoas desabrigadas ao final da tarde de segunda-feira.

As fortes ondas geradas pelo furacão Wilma, em sua passagem pelo litoral cubano entre a noite de domingo e a manhã de segunda-feira, fizeram com que a água chegasse a um metro e meio de altura em diversas áreas.

A rede elétrica, normalmente deteriorada por problemas de manutenção, também sofreu grandes danos. Grande parte da capital continua sem energia desde que, na noite de domingo, os circuitos foram desconectados para evitar acidentes.

Em algumas áreas não havia gás nem água devido à falta de energia elétrica necessária para o bombeamento, mas as autoridades frisaram que o fornecimento de serviços básicos seria restabelecido gradualmente. As autoridades anunciaram a volta às aulas, suspensas na semana passada.