"Quando os disparos acabaram, eu levantei, corri para a janela e vi o vigia de arma em punho e a moto só de relance", disse, destacando que o pistoleiro nao devia saber que as duas janelas que dao para a rua sao do quarto onde dormia. O vigia Adilson Carvalho disparou dois tiros contra o pistoleiro, que fugiu sem deixar pistas.
Abdalla Sahdo afirmou que o atentado tem relaçao com suas denúncias contra o esquema dos alvarás. "Uma pessoa ligada ao Tribunal de Justiça do Amazonas comunicou-me que há uma trama para me matar", disse o advogado, que está sem proteçao por causa da falta de contingente da Polícia Federal.
Assassinato - Há 11 dias, o comerciante Pedro França, beneficiado pelo esquema dos alvarás, foi assassinado por um pistoleiro, que também usou uma moto para chegar ao local do crime. Oito dias antes, a mulher de França, Maria de Lourdes França, depôs no Superior Tribunal de Justiça e declarou que pagou R$ 42 mil à advogada Maria José Rodrigues Menescal de Vasconcelos, também investigada.
Nesta sexta-feira, por volta das 10h30, dois peritos e agentes da Polícia Federal recolheram fragmentos de balas no carro do advogado. Duas foram disparadas no pára-brisa e uma terceira furou o radiador. A quarta bala atingiu o pára-choque, a quinta, a placa de anúncio de uma mercearia, que fica ao lado da residência, e a última, uma árvore. Os fragmentos serao encaminhados ao Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, para exame de balística.
Em outubro, a Procuradoria da República do Amazonas determinou a abertura de inquérito na Polícia Federal para investigar ameaças de morte contra o advogado. Segundo Abdalla Sahdo, as ameaças partiram de pessoas ligadas ao gabinete do desembargador-corregedor do Tribunal de Justiça do Amazonas, Daniel Ferreira da Silva, investigado pela CPI do Judiciário e pelo Superior Tribunal de Justiça por suposto envolvimento no esquema dos alvarás para beneficiar narcotraficantes.
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