Política Titulo Cópia do projeto
Adjunto de Educação
deve cair em Ribeirão

Loris Lessa é responsabilizado por plágio em
plano municipal que previa aporte de R$ 386 bi

Caio dos Reis
Especial para o Diário
20/06/2015 | 07:55
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Celso Luiz/DGABC


O prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), internamente encontrou responsável pelo plágio do PNE (Plano Nacional de Educação), que transformou o PME (Plano Municipal de Educação) em proposta esdrúxula ao setor. O secretário adjunto de Educação, Loris Lessa, deve ser exonerado na segunda-feira, já que liderou a discussão do projeto.

O Diário mostrou ontem que o PME que chegou à Câmara, mas não foi votado, foi copiado na íntegra da propositura do governo de Dilma Rousseff (PT). O plágio fez com que Ribeirão se comprometesse a investir anualmente 7% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional na área – equivalente a R$ 386,4 bilhões – e incentivar a formação de 85 mil educadores em dez anos, sendo que o município possui 113.068 moradores, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O clima foi de tensão na Secretaria de Educação ontem. A secretária Leonice Moura, também vice-prefeita, chegou somente à tarde. O carro oficial do prefeito foi visto na sede do Legislativo pela manhã. Muitos acreditavam que o peemedebista demitiria Leo, mas recuou. O que se comentou na Pasta foi que o plano foi desenvolvido por Loris Lessa, porém, Leo sequer revisou a proposta, rubricando o trabalho do adjunto sem conferir os dados.

Por nota, a Prefeitura não confirmou a demissão de Loris Lessa. Entretanto, admitiu que o adjunto era o responsável pelo PME. “Houve um equívoco no envio do arquivo por parte do secretário adjunto, Loris Lessa, na apresentação do PME, e o texto não foi inserido na pauta em votação no Legislativo”, informou o Paço, negando que houve plágio, embora trechos tenham sido copiados na íntegra.

A equipe do Diário falou rapidamente com Loris Lessa ontem à noite. Ele alegou estar em reunião e não quis explicar o ocorrido. Saulo também não retornou aos telefonemas.

DISTORÇÕES
Duas das 20 metas foram as mais distorcidas com o plágio no texto. Uma delas é o investimento anual em Educação. Pela proposta da Prefeitura de Ribeirão, haveria aporte anual de R$ 386,4 bilhões, apesar de o Orçamento municipal ser somente de R$ 339 milhões e a receita da Educação ser somente de R$ 75 milhões.

A formação de docentes também gerou confusão. O projeto previa capacitação de 60 mil mestres e 25 mil doutores – número é equivalente a 75% de toda a população ribeirão-pirense.
A administração informou que pontos serão corrigidos e a votação do PME reformulado está marcada para quarta-feira.




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