Para conseguir aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) paralela da reforma da Previdência ainda em 2003, os senadores vão ter que trabalhar nos fins de semana. Pelo menos foi essa a solução encontrada para driblar o fato do líder do PDT na Casa, senador Jefferson Péres (AM), não ter assinado o requerimento que estabelece a redução de prazos da tramitação.

De acordo com a proposta entregue ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), os parlamentares trabalhariam sábado e domingo, nos dois próximos fins de semana, para garantir que a PEC paralela seja aprovada até, no máximo, o dia 19 de dezembro. Sem muito rodeio, Sarney aceitou a proposta e já marcou para este sábado, dia 6, uma sessão deliberativa.

Um ponto positivo destas sessões deliberativas é que elas não representam custos para os cofres do Tesouro Nacional. Os parlamentares não recebem nada para permanecer em Brasília e votar projetos.

No entanto, ainda não existem garantias de que os senadores vão comparecer às sessões para a formação de quórum. Mas Sarney está confiante. "Acho que essa PEC paralela é matéria unânime e que todos estão dispostos a vir", disse.

1987 - De acordo com a Agência Brasil, a última vez que os senadores tiveram que trabalhar nos finais de semana foi durante a Assembléia Nacional Constituinte, realizada entre 1º de fevereiro de 1987 e 5 de outubro de 1988.