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Atentado com carro bomba deixa 70 feridos na Espanha
Da AFP
29/07/2009 | 08:09
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Da AFP


A explosão de um furgão-bomba nesta quarta-feira junto a um conjunto habitacional da Guarda Civil em Burgos (norte da Espanha) deixou 70 feridos leves, entre eles seis crianças, em mais um atentado atribuído à organização separatista armada basca ETA.

"Um veículo-bomba explodiu às 04h locais em um alojamento onde os agentes vivem com suas famílias", declarou uma fonte da Guarda Civil.

O delegado do governo espanhol na região de Castilla y León, Miguel Alejo, declarou à RNE (Rádio Nacional da Espanha) que não houve aviso prévio, como o ETA costuma fazer para permitir a evacuação do alvo de seu atentado.

A fachada da construção foi a mais danificada pela explosão e uma enorme cratera também pode ser vista pelas imagens mostradas pela televisão local.

"Trata-se de um grande atentado", enfatizou o ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, destacando que o ETA visava a fazer vítimas mortais, já que, no alojamento, dormiam cerca de 120 pessoas.

Os autores do atentado utilizaram 200 kg de explosivos, segundo a imprensa espanhola.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, condenou o atentado desta quarta-feira em Burgos. "Em nome da Comissão e não no meu próprio, desejo expressar nossa mais firme condenação ao atentado contra um estabelecimento da Guarda Civil em Burgos. Desejo, antes de mais nada, uma rápida recuperação dos feridos deste ataque indiscriminado e selvagem", disse em um comunicado.

A Guarda Civil é um objetivo prioritário do ETA, que, em 41 anos de luta armada contra o Estado espanhol e em favor da independência do País Basco (norte), já matou 826 pessoas.

Os últimos atentados contra um alojamento da Guarda Civil foram em agosto de 2007 na localidade basca de Durango, onde ficaram feridos dois agentes, e um em maio de 2008, no quartel de Legutiano, também no País Basco, onde morreu uma pessoa.

O último atentado atribuído ao ETA aconteceu em 10 de julho, quando uma bomba explodiu diante da sede do PSE (Partido Socialista de Euskadi) na localidade de Durango.

O ETA cumpriu uma trégua de algo mais de um ano, que concluiu em junho de 2007, durante a qual o governo socialista de José Luis Rodríguez Zapatero tentou sem sucesso obter o fim da luta armada.

Depois dessa trégua, o ETA retomou seus atentados e desde então matou sete pessoas. As polícias espanhola e francesa prenderam dezenas de seus membros e vários de seus chefes.

 




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