Economia Titulo
Cepal: economia brasileira terá maior taxa de crescimento desde 1994
Da AFP
15/12/2004 | 15:54
Compartilhar notícia


A economia brasileira se expandirá mais de 5% em 2004, registrando o melhor resultado desde 1994, informou nesta quarta-feira a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe), em documento divulgado em Santiago.

"O crescimento é significativo pois foi obtido em um contexto de superávit de conta corrente, de austeridade fiscal e controle do processo inflacionário", segundo o balanço anual preliminar da Cepal sobre o desenvolvimento da região.

O organismo destacou o excelente desempenho do país no campo das exportações, o que se traduz em um grande superávit em conta corrente, "que compensou a crescente perda de divisas da conta financeira durante o ano, o que incluiu o cancelamento de numerosos passivos no exterior."

"Com a estabilização das expectativas e a baixa da taxa de juros, instalou-se a expansão do crédito ao consumidor, iniciando um ciclo favorável para as vendas domésticas" o que, somado ao impulso da demanda externa, permitiu um incremento na produção com impactos favoráveis sobre o emprego e os salários, informou o relatório.

Nos três primeiros trimestres de 2004, o consumo das famílias se expandiu 4% em relação ao mesmo período de 2003, ante uma queda de 2,4%, num estudo comparativo da mesma época de 2003.

A indústria manufatureira se expandiu 8% nos primeiros nove meses de 2004, período em que foram criados 1.700 empregos formais e a taxa de desemprego foi reduzida de níveis superiores a 13%, em maio de 2004, para 10,5%, em outubro do mesmo ano.

Além disso, a taxa de inflação anual se situará em torno de 7,5%, "dentro do teto estabelecido como meta para 2004, pela primeira vez nos dois últimos anos."

Apesar do cenário otimista, o organismo adverte que "a expansão da formação bruta de capital é um ponto frágil", devido ao recente incremento das taxas de juros por parte do Banco Central e de algumas iniciativas de reformas estruturais para melhorar os investimentos no país, que ainda não foram aprovadas no Congresso. O Brasil reduziu a taxa de juros a 16% em maio de 2004, mas em setembro e outubro a elevou para 16,75%, com o objetivo de cumprir as metas inflacionárias.

A Cepal também observa que o sistema de previdência social continua sendo o principal elemento de déficit nas contas fiscais.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;