Economia Titulo Aumento
Cesta básica fica R$ 21,53 mais cara
Tauana Marin
do Diário do Grande ABC
13/01/2012 | 07:18
Compartilhar notícia
Claudinei Plaza/DGABC


Encher o carrinho do supermercado vai demandar do consumidor muita pesquisa e substituição de produtos. Afinal de contas, em uma semana, o preço médio da cesta básica na região ficou R$ 21,53 mais caro - o que representa aumento de cerca de 6%. Com o acréscimo, o valor total da cesta passou de R$ 362,27 para R$ 383,80. É o que mostra o levantamento feito pela Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André.

A alta no valor gasto nas compras não era prevista para o período. "Todos os mercados reajustaram os preços. A carne, o feijão, o leite e os hortifruti, itens básicos na mesa dos brasileiros, são os vilões dos consumidores", diz o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto.

Na semana anterior, o valor da cesta havia caído R$ 12,33. "Ao que tudo indica, o aparente fim das férias pode ter influenciado essa alta,devido à maior demanda, além do fator climático", comenta o especialista.

Os dias mais quentes e úmidos contribuíram para a elevação de preço da carne bovina de primeira. O quilo do coxão mole, por exemplo, passou de R$ 15,06 para R$ 17,99 (alta de 19,46%). "O tempo quente favorece as pancadas de chuvas. Na região rural isso é um problema, já que dificulta o deslocamento do gado de corte para o abatedouro e, consequentemente, o transporte da carne até os frigoríficos", enfatiza.

A saída é optar pelo frango, cujo quilo custa R$ 4,44 - valor 2,42% menor se comparado com o da semana anterior (veja tabela ao lado). A sardinha em lata também é boa escolha: com preço médio de R$ 2,05 (queda de 4,65%).

As chuvas também atrapalham a colheita do feijão. "O plantio do grão é alto, no entanto, a umidade favorece o mofo e o alimento acaba germinando. Isso desvaloriza a qualidade do alimento. Com isso, o preço vai lá para cima", diz o engenheiro agrônomo da Craisa.

O quilo do feijão-carioca ficou 9,06% mais caro. O preço médio é R$ 3,25. Há sete dias o pacote custava R$ 2,98. O mesmo acontece com o leite. O litro da bebida integral custa 5,49% a mais, passando de R$ 1,82 para R$ 1,92.

HORTIFRUTIGRANEJIROS - Os alimentos in natura (frutas, verduras e legumes) encareceram 21,57%. O destaque é o preço do quilo da cebola, vendido a R$ 1,61. Há uma semana o valor praticado era de R$ 0,99. "O clima abafado faz com que esses itens, altamente perecíveis, estraguem com maior facilidade. Além disso, o consumo por alimentos in natura aumenta muito no verão. E quanto maior o consumo, maior o preço", avalia o engenheiro agrônomo.

METODOLOGIA - A pesquisa é baseada no consumo de uma família de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, em um período de 30 dias.

 

 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;