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Rotatividade nas empresas
aumenta de 34% para 36%
Tauana Marin
do Diário do Grande ABC
04/07/2011 | 08:00
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Em busca de crescimento e melhores remunerações, profissionais qualificados dispõem, hoje, de inúmeras oportunidades no mercado de trabalho. Com isso, a rotatividade dentro das empresas vem se tornando cada vez mais comum. Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos mostra que a taxa de rotatividade no País subiu de 34,3%, em 2007, para 36% neste ano.

Essa constante migração de executivos, diretores e funcionários também ocorre nas companhias que oferecem benefícios além do usual. Para o sócio da Muttare, consultoria de gestão, Tatsumi Roberto Ebina, o trabalhador hoje quer reconhecimento e recompensa, mas não abre mão da realização pessoal.

"A rotatividade está vinculada à mesmice que predomina no ambiente da maioria das companhias, que pratica o modelo hierárquico de gestão contaminado pelas práticas inadequadas dos chefes. As pessoas não suportam trabalhar em ambientes onde não possam se realizar. É preciso repensar a gestão praticada nas empresas", diz o executivo.

Isso mostra que não basta oferecer salários maiores para segurar o funcionário. "Qualquer pessoa quer alcançar melhores cargos, traçar plano de carreira e vislumbrar projeções, ter a tal da satisfação do profissional", sintetiza.

Procurar por empresas com os mesmos valores éticos é um dos fatores que garantem o sucesso profissional. Para Ebina, a pessoa se sentirá realizada apenas quando concordar com a conduta da corporação.

A concorrência acirrada em alguns mercados, aliada à falta de qualificação dos profissionais, torna esse cenário ainda mais propício nas organizações. O executivo explica que, com a precariedade da educação brasileira, as pessoas com formação um pouco melhor (minoria da população do País) são as que disputam as melhores vagas, e sem projeção profissional, acabam ficando por pouco tempo em uma companhia. Migram, na maior parte das vezes, por remuneração melhor. "Daí o descontentamento permanente. Não criar raízes pode ser ruim. Sou a favor do crescimento, mas a ascensão profissional tem um gosto diferente se acontecer na mesma empresa", conta.




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