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Previdência privada: escolha o seu plano
Do InvestShop.com
04/11/2000 | 20:20
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O mercado oferece uma série de opçoes para quem deseja contratar um plano de previdência privada. Desde o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), que nao exige regularidade de depósitos, até o Fundo de Aposentadoria Programada Individual (Fapi), que funciona como espécie de fundo de investimento, passando pelos planos tradicionais, nos quais é preciso fazer uma contribuiçao mensal. Todos têm vantagens e desvantagens e, para escolher, é preciso saber qual deles se adequa ao seu perfil.

Segundo o consultor financeiro Louis Frankenberg, o primeiro passo, claro, é conhecer a fundo as características de cada plano. "O histórico do plano e da instituiçao, a rentabilidade acumulada, o prazo de resgate e a taxa de administraçao também devem ser observados", orientou.

De acordo com Márcio Alves, diretor de Marketing da Icatu Hartford Seguros, o produto também deve adequar-se ao perfil do investidor. "Se você é conservador, talvez o mais indicado seja aplicar em um plano tradicional, que tem rentabilidade garantida. Entretanto, ele é um plano menos flexível em relaçao às contribuiçoes do que os demais", acredita.

Isso quer dizer que, se o contratante do plano deixa de efetuar suas contribuiçoes, ele corre o risco de ter o plano cancelado por falta de pagamento, o que já nao acontece com o PGBL. "Ele nao exige contribuiçoes regulares e tem como principal benefício o fato de 100% da rentabilidade ser revertida para o participante", explicou Alves.

Encargos - Segundo Geraldo Magela, vice-presidente comercial da Canada Life Pactual Previdência e Seguros, na verdade, o Fapi nao é considerado um plano de previdência. Ele é apenas um fundo de investimento. Com a rentabilidade obtida ao fim do período de contribuiçao, o participante pode, entao, optar pela contrataçao de um plano.

"Entre as vantagens do Fapi e do PGBL está a grande transparência das duas aplicaçoes: sua rentabilidade pode ser conferida diariamente nos jornais de grande circulaçao em todo o país", afirmou Eduardo Bom Angelo, presidente da Cigna Vida e Previdência.

Para Luiz Barsotti, superintendente comercial de previdência individual da SulAmérica, o grande diferencial entre os planos oferecidos pelo mercado está justamente nas taxas de administraçao. "Se as taxas de carregamento e administraçao forem muito altas, você terá menos reservas", explicou.

Novidades - De acordo com Paulo Roberto da Rosa, diretor executivo da Brasilprev, o mercado de previdência privada deve ficar mais movimentado até a virada do ano. "O Plano de Atualizaçao Garantida e Performance (PAGP) e o Plano de Remuneraçao Garantida e Performance (PRGP) devem sair a qualquer momento", afirmou.

Segundo Rosa, eles devem injetar ânimo em uma das mais novas tendências de mercado: a migraçao de planos. "Hoje, isso já acontece, mas em escala menor. Com a concorrência, a tendência é que a pessoa migre de um plano para o outro quando perceber que o antigo nao atende mais as suas necessidades. Esse processo começou com os PGBL", disse.

Para ele, a contrataçao de um plano nao faz parte de um movimento estático. "Acompanhe seu plano e analise sua rentabilidade. Se você nao estiver satisfeito, troque de plano. Afinal, sua segurança e tranqüilidade estao em jogo", alerta.




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