Depois de um processo que durou sete meses e no qual o promotor pediu sete anos de prisão ao acusado, o tribunal considerou provado que o agressor, de 23 anos, estuprou em março do ano passado a aspirante do Exército de Munique, depois de arrastá-la à força para seu alojamento, onde abusou sexualmente dela durante horas.

A agressão, que causou revolta em toda a Alemanha, aconteceu três meses depois que foi autorizada a entrada de mulheres nas tropas regulares das Forças Armadas. A vítima contou com detalhes o fato a seus companheiros e aos funcionários da polícia.

O advogado de defesa, Hubertus Werner, que pedirá a revisão do caso, porque solicita a absolvição de seu cliente, considerou suspeitos ou pouco confiáveis alguns dados relatados pela vítima, entre eles o fato de ter permanecido no quartel dois dias depois que foram encerrados os seus testes de admissão.

A defesa suspeita que quando a jovem chegou em casa e contou o fato a sua mãe, simulou um estupro pela vergonha de assumir que passou várias noites de sexo com diversos soldados.

De fato, a menina confessou no processo que durante esses dois dias que permaneceu no quartel sem autorização dos seus superiores manteve relações íntimas com outros dois soldados por vontade própria.