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Carro novo desvaloriza até 20%
Carolina Rodriguez
Do Diário do Grande ABC
01/06/2002 | 17:50
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Os consumidores que pensam em trocar de carro podem ter dúvida sobre qual veículo comprar: zero quilômetro ou seminovo. Nesta hora, é preciso fazer algumas contas para saber qual a melhor opção para o seu bolso. A vantagem do carro zero é que o consumidor irá comprar um bem que nunca foi usado e, por conta disso, não gastará dinheiro com a manutenção do automóvel. A desvantagem é que o carro novo, ao sair da concessionária, sofre uma desvalorização de 15% a 20%.

Na compra de um carro seminovo, o consumidor não irá arcar com a depreciação de 15% do bem. Porém, o veículo pode estar bastante rodado e apresentar problemas mecânicos. Para evitar dor de cabeça, a orientação dos profissionais do setor ouvidos pelo Diário é para que os consumidores visitem sempre revendas autorizadas. As concessionárias, além de fazer a revisão do veículo, oferecem garantia. Um outro ponto que deve entrar nas contas dos consumidores que pretendem trocar de carro é a forma de pagamento do veículo. Segundo o vice-presidente da Ordem dos Economistas de São Paulo e professor de economia da PUC (Pontifícia Universidade Católica), Claudemir Galvani, as taxas de juros dos zero quilômetro são bem mais atrativas do que as dos carros usados.

“Para aumentar as vendas, os bancos das montadoras oferecem taxas inferiores a 2% ao mês na compra do carro novo, enquanto que os bancos tradicionais, que fazem financiamentos de usados, praticam juros superiores a 3% no mesmo período”, afirmou.

Gastos com IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor), licenciamento e seguro também podem pesar no bolso do consumidor. Porém, segundo os profissionais do setor, não são decisivos na hora da compra. Mesmo assim, é bom lembrar que quanto mais novo o carro, maior o valor do IPVA a ser pago. Os usados podem apresentar seguro mais caro.

O economista explicou que mesmo que o valor do veículo usado seja menor, a alíquota acaba sendo maior por conta do alto índice de roubo. “Algumas seguradoras não fazem seguro de carro antigo. Eles são bastante visados porque, com o lançamento de novos modelos, acaba faltando peças dos antigos no mercado.”

Investimento – Para os consumidores que preferem comprar carro zero e não querem perder tanto dinheiro com a desvalorização do bem, a dica do economista é trocar o veículo a cada dois anos. Segundo Galvani, a partir do terceiro ano, o valor do carro cai pela metade. Para quem não usa muito o carro e prefere não trocá-lo constantemente, fica mais barato manter um veículo antigo. “Para comprar um carro novo, em alguns casos, é preciso colocar até 70% do valor do veículo a mais”, afirmou.




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