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Calheiros mantém diretor da PF no cargo
Do Diário do Grande ABC
21/04/1999 | 17:17
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O ministro da Justiça, Renan Calheiros, decidiu manter indefinidamente no cargo o diretor-geral interino da Polícia Federal, Wantuir Jacini. 'Ele vai ficar no cargo, ele está indo bem``, disse hoje o ministro, durante solenidade no Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal. Na semana passada, na certeza de que ficará um longo tempo como interino, Jacini mudou-se do quinto andar, onde fica o gabinete do Coordenador da Central de Polícia (CCP), para o oitavo, onde fica o gabinete do diretor-geral.

Jacini, que era o segundo homem na hierarquia da Polícia Federal da gestao Vicente Chelotti, carregou consigo até mesmo objetos pessoais como retratos de familiares. A permanência de Jacini, que assumiu o cargo no dia 13 de março, quando Chelotti foi afastado, representa a continuidade de administraçao anterior.

Calheiros explicou que Jacini está dando conta do recado, do ponto de vista técnico e administrativo, e, ao mesmo tempo, está conseguindo manter em relativa calma a disputa interna de grupos pelo controle do poder na PF.

Os fatos também estao ajudando a garantir a presença de Jacini no cargo. Foi sob seu comando que agentes da PF prenderam os sequestradores do compositor Wellington José de Camargo, irmao dos cantores Zezé di Camargo e Luciano, um dia depois do pagamento do resgate e de sua libertaçao. Outra circunstância que favoreceu até agora a permanência de Jacini é a ausência de lobies políticos em favor de outros nomes da corporaçao. Somente depois de garantir que estava efetivado, na prática, no cargo é que Jacini iniciou o processo de mudança no comando das superintendências da PF.

Estas mudanças foram definidas pelo ministro Renan Calheiros, logo depois da demissao de Chelotti, e começaram esta semana pelo Rio de Janeiro. O atual superintendente, Paulo Ornelas, que ocupava o cargo interinamente, foi substituído pelo delegado Pedro Berwanger. Foi este policial, conhecido pelo apelido de 'cao farejador``, que presidiu o inquérito que apurou a morte do tesoureiro de campanha do ex-presidente Fernando Collor, Paulo Cesar Farias. O ministro negou que a mudança no comando da PF do Rio de Janeiro tenha qualquer relaçao com a execuçao do mandado de busca e apreensao na casa do ex-presidente do Banco Central, Francisco Lopes. 'Esta decisao já estava tomada há muito tempo``, disse Renan.




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