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Câmara de São Caetano vota Plano de Educação

É a primeira cidade a debater planejamento educacional, que envolve implementação de projeto de valorização do funcionalismo em 10 anos

Caio dos Reis
Especial para o Diário
09/06/2015 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


A Câmara de São Caetano analisa hoje o PME (Plano Municipal de Educação), projeto que estipula metas para o setor com base no PNE (Plano Nacional de Educação). Será o primeiro Legislativo da região a avaliar a peça, que tem como item prioritário implantar plano de cargos, carreiras e salários aos servidores em no máximo dez anos.

A proposta educacional de São Caetano possui 20 itens, incluindo o plano de cargos. Entre eles está levantamento periódico sobre deficit de vagas em creches, programação de melhora dos índices da cidade e política de inclusão na rede municipal.

Constante em promessas de campanha de candidatos a prefeito de várias cidades, o plano de cargos quase nunca sai do discurso porque gera custos ao poder público e estipula compromissos que nem sempre são honrados no futuro.

“O PNE prevê a criação de sistema de avanço na carreira e formaliza determinação antiga, que é dos professores passarem um terço do jornada fora da sala de aula, sejá na elaboração de outros projetos ou em atendimentos aos pais, por exemplo”, afirmou Paulo Sérgio Garcia, diretor do Cecape (Centro de Capacitação dos Profissionais da Educação) Doutora Zilda Arns, um dos responsáveis pela formulação da proposta que será apreciada hoje pelos vereadores – representantes da sociedade civil também participaram do debate.

Outra meta fundamental do PME de São Caetano está relacionada à inclusão de alunos com alguma necessidade especial na rede municipal.“No plano, a formação de professores para lidar com esses alunos é uma das estratégias. São Caetano já é uma das cidades mais avançadas neste quesito, mas mesmo assim temos muito para melhorar”, disse o responsável pelo Cecape.

Em relação à melhora na Educação Infantil, na qual estão inclusas crianças de zero a 3 anos, Paulo Sérgio Garcia afirmou que uma das táticas para atingir os objetivos será levantamento a cada dois anos sobre as crianças nessa faixa etária que não frequentam as creches. “Assim, podemos encaminhá-las para as instituições adequadas”, comentou.

Segundo pesquisa da Fundação Seade, São Caetano consegue atender 61% de alunos que necessitam de creche. O índice é o maior da região, mas expõe a fragilidade dos municípios com relação ao tema.

As cidades têm até o dia 24 para aprovar seus planos municipais de Educação.




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