A categoria dos químicos e dos metalúrgicos (de Santo André e Mauá) aguardavam os desfechos eleitorais do País para definirem os calendários de negociações com as bancadas patronais - a partir dessa semana os dirigentes sindicais devem contatar os empresários. Ambas classes trabalhistas tem datas-base em 1º de novembro.

As pautas de reivindicações dos trabalhadores já foram entregues. O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá entregou as cláusulas no início de setembro.

A categoria, formada por 24 mil funcionários, pede reajuste salarial (reposição integral da inflação mais aumento real), cujo índice não foi divulgado; piso salarial de R$ 2.050 para todos os funcionários - atualmente de R$ 770, em empresas menores -; além da redução de jornada e da ampliação da licença-maternidade de quatro para seis meses.

Segundo o presidente do sindicato Cícero Firmino, o Martinha, as negociações irão abranger as cerca de 500 fábricas de Santo André e Mauá. Ele relembra que, em 2009, a base conquistou 6,53% (com reposição da inflação e 3% de aumento real).

Já o Sindicato dos Químicos do ABC entregou a pauta da campanha salarial deste ano no dia 27, ao Sindiplast (Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo).

As cláusulas reivindicadas se estendem a 38 mil químicos do Grande ABC. Entre os itens pedidos estão o reajuste real de 6%, além da reposição da inflação (até agosto, medida em 4,2%); piso salarial de R$ 1.100 (hoje em R$ 815); redução da jornada de trabalho sem redução de salários; licença-maternidade de 180 dias e licença-paternidade.

A previsão do presidente do sindicato regional dos químicos, Paulo Lage, é de que, acordos sejam firmados até o dia 29.