Economia Titulo
Philips fecha fábrica no Recife e encerra atividades no Brasil
das Agências
14/11/2010 | 07:30
Compartilhar notícia


A direção da Philips anunciou o fechamento da fábrica de lâmpadas automotivas no bairro do Curado, no Recife, a ser efetivado em 12 de dezembro. Com isso a empresa encerra a atividade no Brasil e passa a atender o mercado brasileiro com lâmpadas fabricadas em suas unidades no exterior.

Alto custo e competitividade da produção, crise econômica no setor automotivo e demanda por produtos com maior eficiência energética influenciaram na tomada de decisão, de acordo com a empresa holandesa.

"Essa decisão dará maior efetividade e eficiência logística no atendimento dos consumidores em todo o mundo", afirmou, em nota. "A infraestrutura da Philips global, com fábricas na Ásia e Europa, irá assegurar a continuidade do abastecimento de lâmpadas automotivas para o Brasil, sem interrupção no fornecimento", completa o comunicado.

De acordo com o presidente do Sindmetal (Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Pernambuco), Alberto Alves, cerca de 500 trabalhadores entre diretos e indiretos devem ser demitidos. Para reduzir o impacto, o sindicato negocia com a empresa a qualificação profissional dos funcionários no setor metal-mecânico, diante da demanda de trabalho no Estado

A empresa afirma não estar imune a tendência de migrar para outro país, como a China, mas destaca compromisso com o Brasil, "um dos principais mercados para o plano estratégico de crescimento da companhia globalmente".

A companhia observa que fez investimentos constantes no País, a exemplo de mais de US$ 300 milhões na aquisição de empresas na área de fabricação de equipamentos médicos, investimento na fabricação de luminárias profissionais e de consumo (produtos de alto valor agregado e utilizando a tecnologia de LEDs), fabricação de telas de cristal líquido, produção de barbeadores, telefones e sistemas de som para automóveis, além de melhorias de processos de logística, tecnologia da informação e equipamentos fabris.

Grande ABC - A empresa fechou, em junho deste ano, unidade fabril em Mauá. Na época, foram demitidos cerca de 450 funcionários. Após manifestações e até breve período de greve, 95% dos profissionais aceitou acordo com a empresa sem necessidade de recorrer à Justiça para corrigir débitos. Esses funcionários receberam seis salários de PLR (Participação dos Lucros e Resultados) além de um salário a cada cinco anos trabalhados como indenização.

Quem possuía estabilidade por acidentes de trabalho ou doença adquirida, cerca de 70 profissionais, também tiveram acordos negociados individualmente.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;