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Fim de carreira para outros três
André Merli
Do Diário do Grande ABC
02/10/2006 | 23:07
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Os deputados Giba Marson (PV), Dr. José Dílson (PDT) e Marquinho Tortorello (PPS) não conseguiram a reeleição à Assembléia. Os três, agora, terão de esperar até 2008, pelo menos, para tentar outro cargo no meio político.

Marson ficou em 170º lugar entre os 1.624 pleiteantes ao Legislativo estadual. Ele recebeu 27.186 votos domingo, menos do que em 2002, quando conseguiu 34.895. O parlamentar atribui sua derrota à “politicalha” dos adversários.

O parlamentar do PV acredita ter perdido cerca de 7 mil votos em São Bernardo porque seus “inimigos teriam espalhado pela cidade uma cópia de reportagem” sobre a sua evolução patrimonial de Marson, que em quatro anos teria sido de 832%. “Houve falta de ética das pessoas que comandam a cidade”, argumentou.

Segundo o deputado, seu patrimônio apenas sofreu “uma correção monetária”, o que explicaria a diferença grande de valores de 2002 para este ano. Marson não descarta lançar-se candidato a prefeito ou a vereador daqui dois anos. “O partido (PV) vai ter candidatos ao Executivo e Legislativo, mas ainda não sabemos quem são os personagens (candidatos)”, explicou, esquecendo-se que a sigla pode ‘desaparecer’ por não ter atingido a cláusula de barreira (leia na página 8).

Menos 20 mil votos – Dos três deputados do Grande ABC excluídos da próxima gestão, Tortorello foi quem chegou mais perto da reeleição. Ele conseguiu 49.812 votos (quase 20 mil a menos que em 2002).

Em São Caetano, onde mora, o deputado Tortorello obteve 12.500 votos, mas perdeu a preferência do eleitorado para outro candidato local, o vereador Dr. Paulo Pinheiro (PTB).

O deputado estadual que conseguiu pior desempenho foi José Dílson. Foram 13.354 votos agora, contra 58.198 em 2002 – queda de 77% de uma eleição para outra.

José Dílson encerra em dezembro seu primeiro mandato como deputado estadual. Ele é conhecido como o médico do Ratinho, o apresentador de TV Carlos Massa, que sempre emprestou apoio ao candidato.

No começo de setembro, circulou na região um ‘santinho’ no qual o apresentador enumerava “10 motivos para votar no meu médico”.

Feito em papel couchê, o folheto não constou na prestação de contas do candidato ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Na ocasião, o depurado estadual não soube explicar quem pagou pelo material publicitário e, por conta disso, a Procuradoria Regional Eleitoral abriu procedimento investigatório sobre o assunto.



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