Economia Titulo Indústria pneumática
Bridgestone deve adotar férias coletivas

Empresa busca medidas para adequar produção e diminuir estoque; Pirelli tem 447 afastados

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
14/05/2015 | 07:20
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Orlando Filho/DGABC


A Bridgestone, detentora da marca Firestone, deverá colocar os 3.000 funcionários da fábrica de Santo André em férias coletivas a partir de junho. Segundo o presidente do Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo e Região, Marcio Ferreira, a empresa deverá definir na semana que vem por quanto tempo os empregados ficarão afastados.

A medida tem como objetivo diminuir os estoques. Como consequência da crise no setor automotivo, a indústria de pneus também sofre com a retração nas vendas. No primeiro trimestre, a comercialização de unidades para as montadoras teve queda de 20,7% no Brasil na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneus).

Procurada pelo Diário, a Bridgestone afirmou apenas que, diante da crise econômica, “está avaliando as medidas mais adequadas para enfrentar a queda relevante nas vendas”, e que comunicará a decisão quando houver definição.

Na Pirelli, também em Santo André, 447 funcionários estão em lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) desde o início do mês. Em todo o País, a empresa afastou cerca de 1.500 empregados nas quatro fábricas.

CAMPANHA SALARIAL - Segundo Ferreira, na semana que vem deverão ser realizadas as primeiras reuniões entre o sindicato e as empresas do setor para negociações referentes à campanha salarial da categoria, que reivindica 2% de aumento real (mais a reposição da inflação) e unificação do piso salarial em R$ 1.500 para todo o País. Atualmente, a base parte de R$ 1.100 a R$ 1.300.

Os trabalhadores também exigem PLR (Participação nos Lucros e Resultados) no valor de R$ 12 mil para os funcionários das fabricantes de pneus. No caso das indústrias de artefatos de borracha, a negociação será feita individualmente.

“Vamos aguardar o posicionamento das empresas. Se não oferecerem propostas satisfatórias, iniciaremos as manifestações”, comenta o presidente do sindicato. Ferreira espera que as negociações sejam encerradas ainda neste mês, já que a data base da categoria é em 1º de junho.
 




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