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João Paulo não acredita em antecipação do novo mínimo para janeiro
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
16/12/2004 | 20:28
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O presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), declarou nesta quinta-feira que é muito difícil o governo federal conseguir antecipar o reajuste do salário mínimo para janeiro de 2005, ao valor de R$ 290. Na última quarta-feira, o ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, confirmou o aumento do salário mínimo de R$ 260 para R$ 300, a partir de maio do próximo ano.

"Acho muito difícil, senão o presidente Lula não anunciaria R$ 300 em maio. Se é possível colocar R$ 290 em janeiro, por que ele anunciou R$ 300 em maio?", questionou. "O custo seria muito alto ao antecipar para janeiro. Por isso é que o acordo com a centrais sindicais foi de colocar em maio", completou João Paulo, após com os líderes de todos os partidos da Casa em sua residência para fazer um balanço da ano legislativo.

Para o presidente da Câmara, a idéia de antecipar a vigência do novo mínimo não agrada ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci. "Alguém está querendo ser mais realista do que o rei em querer dar um aumento maior para o salário mínimo", ironizou João Paulo.

Para o líder do PFL, deputado José Carlos Aleluia (BA), reajustar o mínimo para R$ 300 em maio é basicamente o que se pretendia para 2004. Ele disse que seu partido defende um salário mínimo de R$ 330 e para isso, "estamos buscando as fontes de recursos no orçamento para não fazer proposta sem os recursos necessários". Segundo ele, a antecipação do reajuste para janeiro é uma boa coisa, mas o valor apresentado de R$ 290 "é que não é bom".

O líder do governo, deputado Professor Luizinho (PT-SP), disse que a bancada governista na Câmara entende que o reajuste do mínimo deve ser como o governo anunciou. "A antecipação do reajuste para janeiro com o valor de R$ 290 é com o pessoal do Senado. Na Câmara me parece que o pessoal entende que a reivindicação do reajuste do mínimo e da tabela do Imposto de Renda foi aceita", disse. Segundo o líder, o governo está dando ao salário mínimo um reajuste histórico, "mais do que o dobro da inflação do período".

Mesmo reconhecendo que o governo está fazendo um grande esforço para aumentar o mínimo, o líder do PL, deputado Sandro Mabel (GO), disse que o valor do mínimo nunca será suficiente para atender as necessidades da população. Na sua opinião, a Câmara daria todo apoio para discutir a antecipação do reajuste para janeiro. "Para colocar o Brasil para andar é preciso primeiro fazer a recuperação do salário mínimo", observou.




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