Política Titulo Conflito
Salles fala em deixar PPS se fusão for homologada

Em caso de união, pré-candidato ao Paço de Sto.André ficaria em impasse com o PSB, de Aidan

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
08/05/2015 | 07:19
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Nario Barbosa/DGABC


Prefeiturável de Santo André em duas eleições municipais – 2008 e 2012 –, Raimundo Salles cogita sair do PPS, partido em que se filiou em dezembro, caso o processo de fusão da legenda com o PSB seja homologado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Isso porque se a união entre as siglas for confirmada, situação próxima de ser efetivada, o ex-secretário de Cultura do governo Carlos Grana (PT) entraria num imbróglio na legenda socialista, que já sinalizou que lançará o ex-chefe do Executivo Aidan Ravin na disputa pelo Paço em 2016. “Não sou obrigado a ser candidato pelo PPS”, sugeriu.

Salles sustentou que quem conhece o seu “perfil sabe que a proposta é concorrer” na disputa pela sucessão de Grana. “Pode ser (candidatura) pelo PPS ou não. Depende do jogo que mais interessar. Tenho convite de dois, três partidos”, defendeu, sem mencionar as agremiações. Em todas as ocasiões em que pleiteou o cargo de prefeito, o popular-socialista descartou hipótese de integrar chapa como vice. Ele compareceu ontem em sessão da Câmara de Santo André, à tarde. Ficou cerca de uma hora e meia no Legislativo, alegando que fez visita de cortesia ao vereador Carlos Ferreira (PDT), político que assumiu a cadeira com a morte de Cosmo do Gás, em março.

As cúpulas nacionais de PPS e PSB assinaram, recentemente, documento em que relatam o interesse na fusão, tendo como alvo fortalecimento partidário. Faltam apenas alguns detalhes para que o acerto seja efetivado. As direções encaminharam questionamentos à Justiça Eleitoral para obter respaldo jurídico. As decisões devem ser anunciadas oficialmente em junho, data de convenções. No âmbito local, Aidan evitou fechar as portas para Salles, abrindo a chance de acordo eleitoral, porém, desde que encabece a dobrada.

Apesar da iminente fusão entre as duas siglas, o pré-candidato pelo PPS desconsiderou a união e justificou que não vê grande probabilidade de avanço devido ao baixo índice de incidência. “Não acredito que sairá essa junção. Por usos e costumes, há indicativo que não vai acontecer, como PTB e DEM. Na hora H existe recuo e não vinga”, disse Salles, reiterando que o eleitor andreense terá, pelo menos, quatro candidatos competitivos na escolha ao se colocar na linha de frente ao lado de Grana e Aidan – não prospectou a outra via.

O popular-socialista acrescentou que, atualmente, quem possui menor rejeição sai na frente. Posteriormente, ao fim da entrevista, concluiu que vai conversar com todas as forças políticas. “Não vejo dificuldade em dialogar se comprovar viabilidade eleitoral. Potencial de voto para ganhar eleição.”

HISTÓRICO
O advogado postulou a vaga pela primeira vez pelo DEM. À época, Salles ficou em terceiro lugar, declarando voto no então “candidato do PTB” no segundo turno, sem citar nominalmente Aidan e disparou críticas ao ex-vereador, chegando a compará-lo com o ex-presidente da República Fernando Collor de Mello – hoje senador petebista. No último páreo pela Prefeitura, ele disputou pelo PDT, quando novamente estacionou na terceira colocação. Em contrapartida, desta vez, apoiou o nome petista na etapa final, o que rendeu a abertura de espaço no alto escalão do Paço. Nas duas oportunidades, enfrentou Aidan nas urnas e atacou o adversário político.




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