O governo do prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), propôs reajuste salarial de 7,15% ao funcionalismo público da cidade. A oferta foi feita na primeira negociação com o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) do município, que pleiteia variação de 11% nos vencimentos para conter inflação e perdas salariais de anos anteriores.

A proposta, feita em primeiro diálogo pela campanha salarial, será avaliada e o presidente do Sindserv, Miguel Parente Dias, e o secretário de Governo, Nilson Bonome (PMDB), voltam a se encontrar na segunda-feira. Ao contrário do que ocorreu em outras prefeituras do Grande ABC, como Diadema, o reajuste será pago de forma integral e não parcelado, por orientação do prefeito.

“O Sindserv me pediu reajuste de 11%, o que é impossível, impraticável, tendo em vista a realidade econômica do País e a queda de arrecadação que as prefeituras estão sofrendo. O prefeito Paulo Pinheiro está disposto e com bons olhos a fazer um diálogo que não prejudique as finanças da administração e valorize o funcionalismo sem que ele tenha perda salarial. Até por isso recomendou que o reajuste seja feito de forma integral e não parcelado, como ocorreram com outras prefeituras da região”, explicou Bonome.

O índice de 7,15% foi embasado em estudo de impacto financeiro na folha salarial do Palácio da Cerâmica. A inflação no período de abril de 2014 a abril de 2015 foi de 8,13%, de acordo com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). A proposta de 11% feita pelo Sindserv, entretanto, é tradição da entidade, que apresentou o mesmo número nos três anos anteriores. O argumento é o de que a variação representa perda acumulada ao vencimento do servidor são-caetanense.

O Palácio da Cerâmica não enfrenta dificuldade em negociar com o Sindserv há mais de uma década. “A negociação está muito tranquila. O presidente do Sindserv, o senhor Miguel Parente Dias, é uma pessoa muito sensata e aberta ao diálogo. Tenho certeza que terminaremos essa conversa em breve, com bom índice aplicado e sem traumas”, avaliou o titular da Pasta de Governo.

Diadema reajustou os salários em 7,89%, pagos em seis parcelas, depois de greve do funcionalismo. Mauá fechou aumento em 8,13%. Os servidores de São Bernardo entram em greve hoje. As demais cidades estão em negociação.