Para ajustar a produção à fraca demanda, Ford e Volkswagen vão colocar, neste mês, parte do seu pessoal das fábricas de São Bernardo em lay-off, ou seja, com a suspensão temporária dos contratos de trabalho. Na Ford, serão 250 suspensos a partir de segunda-feira, dia 11, e na mesma data, a montadora concederá férias coletivas de 11 dias para os demais empregados produtivos da mesma unidade – que conta ao todo com cerca de 4.400 funcionários.

A informação de que haverá lay-off, passada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, foi confirmada pela empresa. A entidade dos trabalhadores informou ainda que a companhia obteve cerca de 160 adesões ao PDV (Programa de Demissão Voluntária), concluído no dia 30. A montadora conta desde fevereiro com 424 em banco de horas por tempo indeterminado.

Por sua vez, a Volkswagen, que já havia suspendido 780 da fábrica Anchieta durante cinco meses no ano passado, vai voltar a adotar esse mecanismo criado para preservar empregos em momentos de crise. Segundo o sindicato, desta vez ficarão em casa e tendo de passar por cursos de qualificação 230 pessoas, a partir do dia 18 ou do dia 25 deste mês. A montadora não confirma a informação. A Volks, neste ano, também já havia feito um PDV, encerrado em abril e que resultou na adesão de 800 pessoas. A fabricante, que conta com cerca de 12 mil trabalhadores, colocou 8.000 da área produtiva em férias coletivas de dez dias, até o dia 14.

A Mercedes-Benz também está com operários em lay-off na cidade. São 715, que tiveram a suspensão prorrogada por, pelo menos, mais dois meses, até 30 de junho. Cerca de 250 destes, que têm doenças laborais, só voltam à fábrica em 30 de setembro. A GM, em São Caetano, pôs 467 em licença remunerada, e mantém 819 em lay-off até 9 de julho.