Economia Titulo Vestuário
Fiscalização multa 74,2% dos comércios de Santo André

Operação Dia das Mães é feita pelo Ipem-SP para verificar regularização de tecidos em vestuários femininos; pena varia de R$ 793 a R$ 20 mil

Marina Teodoro
Especial para o Diário
06/05/2015 | 07:23
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Ari Paleta/DGABC


Quem nunca comprou uma roupa que, após usar uma vez, percebeu algo diferente? Uma mancha, transparência excessiva, tecido que laceia e cores que desbotam são alguns dos inconvenientes, que na teoria não deveriam acontecer, já que existe uma etiqueta no vestuário garantindo a qualidade do produto. Com o intuito de assegurar os direitos do consumidor, o Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) promoveu a ‘Operação Dia das Mães’, que visitou 393 estabelecimentos no total, e analisou 28.165 peças de vestuário feminino para verificar se elas estão sendo produzidas de acordo com as normas indicadas pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade de Tecnologia).

A ação foi realizada em São Paulo, e outras cidades do Estado, incluindo Santo André. No total, 28% das lojas foram autuadas. No município da região, porém, dos 35 estabelecimentos visitados, 26 deles ou 74,2% receberam a multa, sendo que das 1.750 peças analisadas, 503 foram reprovadas.

“Geralmente, em datas comemorativas, costumamos fazer essa verificação, quando o risco de haver produtos ilegítimos no mercado é maior, e desta vez escolhemos Santo André para representar a região”, comenta o superintendente do Ipem-SP, Clóvis Volpi.

O foco era averiguar nas lojas de pequeno, médio e grande portes se os produtos apresentam etiqueta, que devem conter informações obrigatórias. Entre elas estão: razão social, nome ou marca e CNPJ do fabricante ou importador, país de origem, composição têxtil (com nome e percentual das fibras e filamentos que compõem o tecido), instruções de cuidados para a conservação do produto e tamanho ou dimensão da peça.

O Ipem-SP reforça que todos os tipos de fibras e filamentos têxteis que forem utilizados para a produção da peça devem estar especificados com suas devidas porcentagens, 80% algodão e 20% poliéster, por exemplo. “Nesta ação, nós recolhemos os produtos e fazemos análises para ver se eles estão de acordo com o que foi informado”, declara Volpi.

Ao constar incoerência, autuações são aplicadas nas empresas que agiram de maneira ilegal. A empresa terá dez dias para apresentar defesa caso não concorde com a punição, que pode variar de R$ 793 a R$ 20 mil, dobrando na reincidência. “A variação depende do grau de lesão ao consumidor”, afirma o superintendente do Ipem-SP.

EVITE PROBLEMAS - Tanto o lojista quanto o consumidor devem ficar atentos ao comprar um produto, para não ser prejudicado depois. “Desconfie quando custar muito barato. Na maioria das vezes, vale mais a pena o comerciante investir um pouco mais e vender um item de mais qualidade”, explica Volpi.

O programador andreense Herbert Henrique, 24 anos, confessa que já adquiriu alguns itens que apresentaram defeitos. “Acontece bastante quando o preço é mais baixo, ou quando compro pela internet. Mas, geralmente, não volto para reclamar.”

Volpi orienta que, para exigir a troca, é preciso manter a etiqueta dos produtos sempre, e guardar nota fiscal para poder reclamar onde comprou. “Denunciar aos órgãos de defesa do consumidor também é importante.”

CARTILHA - Pensando em evitar esse tipo de situação o Sebrae-SP disponibilizou cartilha para auxiliar micro e pequenos empresários nas vendas do Dia das Mães, comemorado no domingo. “Nesse momento, divulgar o negócio é fundamental. O consumidor precisa saber que sua loja existe e o que oferece, e datas sazonais trazem desafios e oportunidades para o varejo”, explica Bruno Caetano, diretor-superintendente do Sebrae-SP.

Entre as dicas que o guia dá, estão como treinar a equipe de vendas, sugestões para expor os produtos e liquidar a sobra de estoque após a data. A cartilha está disponível no site www.sebraesp.com.br.
 




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