As coloridas arquibancadas do Pacaembu verão hoje, a partir das 16h, uma festa preta e branca. Corinthians e Santos entram em campo para uma decisão abastecida por rivalidades históricas, por grandes jogadores e que vale o título do Campeonato Paulista. O Timão carrega uma boa vantagem, venceu o primeiro jogo por 3 a 1 e pode perder por até dois gols de diferença que fica com a taça.

Além da briga pelo título, o Corinthians ainda defende a invencibilidade na competição. Se não perder, será, pela quinta vez, campeão invicto do Campeonato Paulista. Antes, a equipe havia conquistado os campeonatos de 1914, 1916, 1929 e 1938 sem perder nenhuma partida. A última vez que uma equipe passou ilesa pelo Paulistão foi o Palmeiras, campeão em 1972.

O Santos sabe que terá uma parada dura, mas a equipe se apoia na história recente para arranjar forças e reverter a vantagem corintiana. Na decisão do Estadual de 2007, o Peixe havia perdido a primeira partida da final para o São Caetano, por 2 a 0, mas a equipe da Vila Belmiro se superou, devolveu o placar no segundo jogo e ficou com o título por ter feito a melhor campanha nas fases anteriores.

Histórias a parte, o que entra em campo é o presente. No Corinthians, as atenções estão voltadas para Ronaldo, que se recuperou das dores nas costelas, treinou normalmente e deve estar em campo. A presença do atacante aumenta a confiança dos corintianos, que não perdem no Pacaembu desde julho de 2008, quando foram derrotados pelo Bahia, por 1 a 0, pela Série B. "Lá (Pacaembu) é nossa casa, onde nos sentimos muito bem para jogar. Estamos perto de uma conquista e não podemos desperdiçá-la", comentou o volante Elias.

No Santos, Neymar chegou a assustar durante a semana, reclamando de um pisão no pé, mas também está confirmado. No clube, ninguém assume a derrota na véspera. "Nada está decidido. Do mesmo jeito que eles fizeram três gols na Vila, também podemos marcar no Pacaembu", advertiu o zagueiro Fabiano Eller. "É só repetirmos o que fizemos no primeiro jogo e acertarmos mais nas finalizações", observou o técnico Vágner Mancini. (Com AE)