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PT de S.Caetano tenta reunir líderes para salvar espaço no Legislativo

Em meio à crise institucional, partido recorre a Vera, Meneguelli e Rios para ter chapa competitiva e manter cadeira na Câmara

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
30/04/2015 | 07:00
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O diretório do PT de São Caetano tenta reunir suas principais lideranças para disputar a eleição do ano que vem e afastar uma das maiores crises políticas da sigla, que figura entre beneficiárias do esquema de desvio de recursos da maior estatal do País, a Petrobras. O principal objetivo da legenda é montar chapa de candidatos a vereador que tenha capacidade de atingir o quociente eleitoral e manter a representatividade no Legislativo.

Atualmente, o partido tem apenas um vereador na Câmara, Pio Mielo, e somado a ele aposta na liderança de Vera Severiano, Ricardo Rios e Jair Meneguelli. No entanto, esses nomes circulam em correntes internas do PT diferentes.

Pio é ex-assessor do ex-vereador Edgar Nóbrega (afastado do PT) e está alinhado ao campo majoritário do diretório local. Vera deixou o PT quando o Psol foi criado, disputou uma eleição e retornou ao quadro petista e transita na Articulação de Esquerda, grupo minoritário que tenta preservar bandeiras históricas. Rios possui grupo próprio e afinidade com Meneguelli, que estava distante do diretório municipal desde a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, quando foi comandar o conselho do Sesi.

“A chapa proporcional está bem tranquila. Não temos problemas internos. Ricardo está junto, a Vera também. Vamos trazer outros nomes para reforçar e teremos uma chapa completa de qualidade. Vamos atingir a meta de eleger três vereadores. Vamos ter um aumento, provável, da votação do Pio, porque ele tem mandato”, argumentou o presidente local do PT, Mácio Della Bella.

Além disso, a sigla vive dilema sobre ter ou não ter candidatura ao Palácio da Cerâmica em 2016. Alguns se inclinam para composição com o prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) e outros pedem voo solo.

No entanto, Pio e Rios reconhecem que o chamado Petrolão pode ser mais impactante que o caso do Mensalão, ocorrido em 2005, às vésperas da disputa pela reeleição de Lula. “As dificuldades que o PT vem passando, a incerteza das regras eleitorais para 2016, que não se sabe será permitido coligação e as lideranças estarem deixando o partido, como a (senadora) Marta Suplicy e o (ex-prefeito de São Bernardo) Mauricio Soares, tornam a tarefa complicada. Mas acredito que nosso mandato vem se destacando ao longo desses dois anos e isso pode ser fator motivador à candidaturas pelo PT. Vamos atingir a meta”, declarou Pio.

Rios pontuou não ter garantia de que voltará a disputar a vereança. “Vivo um momento profissional interessante e não sei dizer se serei candidato. A unidade existe, de fato, no PT. Mas temos de construir uma chapa proporcional real, com chances. O trabalho será longo, mas já começamos.” 




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