Em meio a polêmicas e dificuldades, termina hoje o prazo para que estudantes de instituições privadas de Ensino Superior da região façam adesão ao Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Problemas de instabilidade no portal e as novas regras impostas pelo MEC (Ministério da Educação) para as matrículas foram as principais queixas de alunos que tentaram o benefício pela primeira vez.
Balanço parcial do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) informa que foram realizados 249,9 mil novos contratos no programa até o momento. A Abmes (Associação Brasileira das Mantenedoras do Ensino Superior) previa 500 mil ingressantes no Fies neste primeiro semestre.
Durante todo o dia, estudantes lamentavam em grupos criados nas redes sociais sobre a dificuldade de conseguir se cadastrar no Fies. “Ainda não consegui fazer o meu contrato. Entro todos os dias e nada. Seria horrível largar a faculdade quase no fim do primeiro semestre. Falta respeito”, diz a aluna Flávia Duarte, 20 anos.
Além da instabilidade no SisFies (Sistema Informatizado do Fies), neste ano a Pasta federal restringiu a quantidade de vagas por curso e passou a exigir dos candidatos nota mínima de 450 pontos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), além de limitar em 6,41% o reajuste das mensalidades das faculdades.
O governo alega que as novas regras foram implementadas para “corrigir erro cometido” desde a criação do benefício. Com isso, o controle do acesso às vagas do programa deixou de pertencer ao setor privado. Segundo o FNDE, há atendimento pleno aos cursos com nota máxima nas avaliações do MEC. Já para as carreiras com conceitos 3 e 4, são considerados aspectos como distribuição regional e disponibilidade de recursos.
Por conta dos problemas, o MEC estendeu até o dia 29 de maio o prazo para que sejam realizados os aditamentos. Até o momento, foram feitos 1,75 milhão de contratos dos 1,9 milhão existente.
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