O debate ético sobre a separaçao das bebês, nascidas em 8 de agosto e apelidadas de Mary e Jodie para proteger suas verdadeiras identidades, ainda nao terminou, já que a corte de apelaçoes de Londres, que deve tomar uma decisao a respeito, adiou a sentença.
Os médicos dizem que as duas morrerao num prazo máximo de seis meses se nao forem separadas, confirmaram os novos peritos convocados pelo tribunal.
Mary e Jodie estao unidas pela parte inferior da barriga e Mary só sobrevive graças ao coraçao e aos pulmoes de Jodie. Mary é amorfa e pouco consciente. Já Jodie se agita como um bebê normal e, segundo a primeira opiniao médica, poderá desenvolver uma vida normal se separada da irma siamesa.
Um juiz aceitou esta opiniao e decidiu, em 25 de agosto, que as duas irmas deveriam ser separadas apesar da oposiçao de seus pais. Ele afirmou que os testes médicos mostram que se a cirurgia nao for feita, os bebês poderao morrer.
A batalha legal acontece porque os pais sao Católicos ortodoxos e nao acreditam que se possa sacrificar uma delas para permitir que a outra viva. Um juiz da corte de apelaçoes, que deve se pronunciar a respeito, ao adiar a sentença tratou de colocar a questao jurídica inédita desse modo: ``Será que é preciso matar Mary para salvar a Jodie?'
O caso foi adiado até a próxima quarta-feira, quando os especialistas, desta vez jurídicos, comentarao as conseqüências, no plano legal, da eventual decisao de separar cirurgicamente as siamesas.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.