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Instituto Nova contrata por um salário, mas paga outro
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
26/06/2009 | 07:34
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Principal alvo de críticas e denúncias da oposição em Santo André neste primeiro semestre, o Instituto Nova - Oscip contratada emergencialmente pelo governo Aidan Ravin (PTB) para prestar serviços na área da Saúde - voltou a apresentar irregularidades no que diz respeito ao recrutamento de pessoal.

Empregada para trabalhar no setor administrativo do Nova, Viviane Lente foi admitida no dia 2 de março, no cargo de administrativo VIII, com salário de R$ 2.307. Esse, pelo menos, é o registro que consta em sua carteira de trabalho.

Mas, tanto no holerite quanto no contrato de trabalho firmado entre as partes, Viviane tem vencimento mensal de R$ 1.200 exercendo a função de administrativo III.

A discrepância de R$ 1.107 entre o que Viviane deveria ganhar e o que recebe efetivamente surpreendeu o presidente do Sindicato dos Funcionários da Saúde Privada do Grande ABC, Waldir Tadeu David.

Ele classificou a situação de "absurda". "É o primeiro caso nesta natureza envolvendo o Instituto Nova que fico sabendo. É uma sacanagem registrar um funcionário com um valor e pagar menos. Não pode acontecer", afirmou.

Recentemente, o sindicato dirigido por David denunciou o Instituto Nova ao Ministério do Trabalho pela subcontratação de profissionais. A ação recebeu reforço de alguns parlamentares de oposição, em especial de José Montoro Filho, o Montorinho (PT).

A Oscip utilizava a Cooperativa Somativa para recrutar funcionários. As pessoas chamadas para trabalhar tinham vínculo diretamente com a cooperativa, sem ter acesso a direitos trabalhistas.

O Ministério do Trabalho assumiu o caso e conseguiu reverter a situação de, ventila-se nos bastidores, cerca de 300 funcionários, os quais tiveram de ser contratados diretamente pelo Instituto Nova.

A Prefeitura de Santo André não se pronunciou sobre a irregularidade. O Diário tentou, mas não conseguiu contato com o Instituto Nova e com o Ministério do Trabalho.




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