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Reali tem baixa adesão em 'tour'
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
23/06/2009 | 07:37
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O prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), não conseguiu a adesão desejada no primeiro tour promovido com o Legislativo. Dos 17 vereadores, nove - seis da base aliada e três da oposição - aceitaram o convite do petista para visitar obras em execução na cidade. A saída foi do estacionamento do Paço.

O roteiro incluía inicialmente 11 pontos de parada, mas nem todos foram visitados. De acordo com o presidente da Câmara, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), eram obras demais. "Nem em uma semana daria para visitar", afirmou em tom de ironia, enquanto o chefe do Executivo dava detalhes das obras aos vereadores interessados - nem todos prestavam atenção ou questionavam Reali.

Curiosamente, a primeira parada foi em um equipamento do governo do Estado: a Fatec (Faculdade de Tecnologia), administrada pelo Centro Paula Souza e primeira unidade na cidade e que está sendo construída no Jardim das Nações, em parceria com a Prefeitura. O custo da obra é cerca de R$ 4 milhões - R$ 1 milhão é contrapartida da administração municipal.

No entanto, os assessores estavam afiados para atribuir a paternidade da unidade tecnológica ao prefeito. "A Fatec está sendo construída com recursos obtidos por meio de duas emendas parlamentares propostas quando o Reali era deputado estadual", ressaltou Vanderly Lima, assistente da Secretaria de Serviços e Obras. A entrega está prevista para o fim do ano.

O grupo seguiu para o Jardim Campanário, onde está sendo construído o segundo restaurante popular da cidade. Das obras visitadas é a que está mais adiantada. A previsão de inauguração é entre agosto e setembro. A obra tem custo de R$ 1,5 milhão, com recursos do governo federal e da Prefeitura.

Ao longo do tour, alguns vereadores foram sendo agregados. Foi o caso de Irene dos Santos (PT), única representante da bancada feminina.

A obra de saneamento de construção do coletor-tronco (Curral Grande) no Corredor ABD, sentido Diadema-São Bernardo, foi a que mais atraiu a atenção dos parlamentares. "Até que vi coisas curiosas. De carro não dá para ter ideia. O buraco, realmente, me impressionou", afirmou José Francisco Dourado (PSDB), referindo-se ao tubo de seis metros de profundidade.

O engenheiro Oswaldo Misso, ex-secretário de Saúde e hoje coordenador das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na cidade, ressaltou a tecnologia não destrutiva empregada no assentamento da tubulação, por meio de um túnel, que evita a abertura de valas a céu aberto. "Do contrário, teríamos de fechar uma parte da via, o que prejudicaria ainda mais o trânsito", explicou Misso.

O vereador Laércio Soares (PCdoB), da base aliada, questionou o valor mais alto neste caso. Misso defendeu a relação custo-benefício, sem informar valores. No total, são R$ 130 milhões em recursos do PAC.

Os vereadores passaram rapidamente pelo canteiro do PAC Naval, que recomeçou os trabalhos há menos de um mês. Ali, 12 famílias ainda resistem em deixar o local.




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