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Acidentes em série bloqueiam pista da Via Anchieta
Renato Castroneves
Do Diário do Grande ABC
28/09/2010 | 09:20
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 Marina Brandão/DGABC

A forte neblina que atingiu a região na manhã de ontem ocasionou uma série de acidentes na pista sentido Capital da Rodovia Anchieta. Sete engavetamentos foram registrados entre os quilômetros 29 e 33. Ao todo, 21 caminhões, 11 carros e duas motos colidiram. Uma pessoa morreu.

O primeiro acidente ocorreu às 8h47, no término da ponte sobre a Represa Billings. A batida envolveu cinco caminhões, seis automóveis e uma moto. Segundo os motoristas, a visibilidade no momento da colisão era inferior a 15 metros de distância. O piso escorregadio - garoava no momento - também teria prejudicado a frenagem dos veículos.

A força do impacto deixou os veículos destruídos. Um Celta da empresa autopeças Copam, de Ribeirão Pires, não conseguiu frear e parou debaixo da traseira de um caminhão-tanque. Um casal que estava no carro foi salvo pelo motorista de uma carreta, que apagou um início de incêndio antes de retirar as vítimas. Os passageiros sofreram ferimentos leves. (Leia matéria abaixo)

"Graças a Deus que consegui controlar meu caminhão. Logo que desci ouvi os gritos de uma mulher pedindo socorro. Na hora não sabia se apagava o fogo ou tirava eles de lá", falou o caminhoneiro Sidnei José, 48.

Outros quatro veículos e uma moto ficaram prensados entre dois caminhões. A força do impacto arremessou o motoqueiro pelo vão entre as muretas de proteção das pistas. Almir Morgato foi achado, boiando na represa, por um produtor de vendas que viajava da Praia Grande para São José dos Campos, no interior do Estado. Ele morreu no local.

Após a primeira ocorrência, a falta de visibilidade e a parada repentina no trânsito ocasionou uma sucessão de acidentes. No Km 29,5, dois caminhões e dois carros - Ecosport e Blazer - bateram. "Não dava para enxergar quase nada. Ouvi o barulho do engavetamento e parei. Logo depois um caminhão acertou a traseira do meu carro e foi empurrando em cima de outros", disse a bancária Maria Aparecida Pinheiro Teixeira, 42, que trabalha numa agência em São Bernardo.

Na mesma altura, dois caminhões que trafegavam na pista central, no sentido litoral, também colidiram.

Pedágio
Poucos minutos depois dos dois engavetamentos na ponte do Riacho Grande, seis carretas, um carro e uma multa colidiram na altura do quilômetro 31, no mesmo sentido.

O caminhoneiro Róbson Motinha Ferreira, 37, contou que foi obrigado a "jogar" o caminhão cegonha que dirigia no mato para não colidir com três carretas que estavam atravessadas na estrada.

"Deu tempo de ver três (caminhões) parados e mirar no mato. Se a Imigrantes (rodovia) estivesse liberada para os caminhões também tudo isso não teria acontecido. Mesmo a 20 km/h estava perigoso", disse Ferreira.

Um motoqueiro que tentava sinalizar para os veículos que vinham atrás pararem quase foi atropelado por um caminhão. Ele foi obrigado a se jogar no acostamento da estrada, enquanto sua moto foi arremessada embaixo de uma carreta.

Dois funcionários de uma empresa de sorvetes que ia para Diadema se machucaram ao baterem na traseira de uma carreta. Airton Alves de Moraes, 52, foi resgatado pelo helicóptero da Polícia Militar com fratura exposta na perna direita e levado para o Hospital Santa Marcelina, em São Paulo.

Vazamento
O engavetamento na altura do quilômetro 29 destruiu os tanques de combustível dos veículos. Uma grande mancha de óleo foi formada na margem da represa.

O asfalto escorregadio em razão do vazamento também dificultou a locomoção de motoristas, passageiros, policiais e funcionários da Ecovias. Caminhões com areia foram utilizados para conter a vazão.

Trânsito
A pista central da Anchieta foi liberada às 11h25. Por causa dos acidentes, o fluxo de veículos que subiam a serra foi desviado para a Rodovia dos Imigrantes. A interligação também permaneceu fechada durante toda a manhã. 




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